Lorena Coelho: “Não reconheço a eleição da Câmara do dia 24”

Lorena Coelho, presidente da Câmara de Vereadores de Lago da Pedra 

O Blog do Carlinhos conversou com a presidente da Câmara de Vereadores de Lago da Pedra, Dra. Lorena Coelho. Lorena e o pai, o ex-vereador Masolene recebram a nossa reportagem na noite de sábado (25), um dia depois da conturbada eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, onde foi eleito o novo presidente.

Lembrando: na sexta-feira (24), foi realizada uma sessão extraordinária para a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Lago da Pedra para o Biênio 2015-2016.  Nesta eleição, compareceram apenas os 7 vereadores da oposição (incluindo os novatos deste bloco: Wanessa e Julyfran); A Câmara de Lago da Pedra tem 13 vereadores. Na eleição, foi eleito presidente da Casa, biênio 2015-2016, o vereador de primeiro mandato Moisés do Lago da Preto. Os vereadores da base do governo, incluindo a presidente Lorena não compareceram a votação.

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Lorena Coelho não quis gravar uma entrevista para o blog, porém  conversou abertamente sobre os acontecimentos que envolveram a eleição da Câmara. Leia alguns tópicos do nosso diálogo.  

Masolene acompanhou a conversa da filha como o Blog 

Carlinhos – Como você ver o resultado da eleição, onde o vereador Moisés do Lago Preto foi eleito presidente da Câmara?

Lorena Coelho - Respeito à democracia, respeito os meus colegas vereadores da oposição, porém quero deixar bem claro que não reconheço como legal o resultado da votação. A sessão havia sido cancelada, a presidente não estava na sessão, nem o livro de ata da câmara estava lá. Então essa sessão não existiu dentro da legalidade.

Carlinhos – Presidente, mas na sessão ordinária da quinta-feira, a você subiu a tribuna, se dirigiu aos vereadores e pediu as TVs de Lago da Pedra que registrassem sua leitura do ofício, convocando os vereadores para a eleição da Mesa Diretora na sexta-feira e a eleição aconteceu. O que há de ilegalidade?

Lorena Coelho – É verdade que eu apresentei o oficio, convoquei os vereadores para a eleição, mas logo em seguida aconteceram vários fatos que me obrigaram a cancelar a sessão. Houve vários atos de violência dentro da Câmara, ameaças, injúrias, agressões; num desses o vereador Pablo Sales ameaçou um cinegrafista; outra coisa, o ofício que eu convoquei para a sessão da sexta-feira, os vereadores da oposição se recusaram a assinar; rasgaram o ofício dentro do plenário. Ou seja, os vereadores disseram não a sessão e eu cancelei.

Carlinhos – Mas houve a sessão, soube até que o juiz Alessandro Bandeira, da Comarca de Lago da Pedra, autorizou a sessão e ela e o vereador Moises do Lago Preto foi eleito presidente.

Lorena Coelho – Não, fizeram lá uma sessão sem a presidente, sem livro de ata, só entre eles. Só eles mesmos para reconhecer e comemorar. Mas já estamos com o melhor advogado do Maranhão nesta causa. Dr. Márcio Coutinho vai solicitar a justiça o cancelamento desta sessão e anulação da eleição.

Carlinhos – Você se arrependeu de ter convocado a sessão?

Lorena Coelho – De certa forma sim; mas tudo isso em razão da confusão provocada pelos colegas da oposição que acabou convencendo dois vereadores da base para apoiá-los.  

Carlinhos – Você era candidata a reeleição e o que deu errado?

Lorena Coelho – Nós tínhamos votos suficientes para vencer a eleição. Não seria uma eleição antecipada, porque a Lei Orgânica da Câmara de Vereadores de Lago da Pedra permite que a eleição seja realizada até 120 dias antes do dia 1º, o dia da posse da mesa eleita. Eu tinha a garantia de dois vereadores da oposição que votariam em mim, Zé Orlando e Moises do Lago Preto, mas no meio da confusão, ficaram com os colegas da oposição e mais dois vereadores da base também ficaram com a oposição. Foi isso que deu errado.

Carlinhos – Você tem alguma opinião sobre a vereadora Wanessa?

Lorena Coelho – Prefiro não fazer nenhum comentário sobre a vereadora Wanessa.

Carlinhos - Você tem alguma opinião sobre o vereador Julyfran:

Lorena Coelho - Também prefiro não fazer nenhum comentário sobre o vereador Julyfran.

Carlinhos – A prefeita Maura Jorge chegou a se posicionar sobre essa eleição?

Vereador Moisés foi eleito na sexta, uma eleição que a atual presidente
não reconhece

Lorena Coelho – Não, em nenhum momento, a prefeita Maura Jorge se envolveu com esses problemas da Câmara. São poderes diferentes, ela é a chefe do executivo e nós representamos o legislativo de Lago da Pedra.

Carlinhos – Soube que antes da sessão, você bateu boca com o vereador Pablo Sales, houve boatos que você agrediu alguém e que também foi agredida.

Lorena Coelho – Agressões físicas não houve nenhuma. Verbais sofri até demais. O momento mais tenso aconteceu, porque sexta-feira é o único dia que não tem expediente na Câmara. O prédio fica fechado. No entanto, eu precisei ir até lá para pegar uns documentos. Quando eu estava pegando os documentos entrou o vereador Pablo Sales, acompanhado de um grande número de pessoas; invadiram o meu gabinete e eu pedi para eles se retirarem. Não obedeceram. Fui buscar a política para retirá-los do gabinete do presidente, que inclusive é usado pelos vereadores. Quando voltei com a polícia a Câmara estava ainda mais cheia de gente, a polícia retirou aquele pessoa do meu gabinete e do Câmara. Nesse momento, o vereador Pablo Sales correu para o plenário da casa e disse que tinha decretado greve de fome. Ele nem precisava, porque ele é vereador e tem direito de está na Câmara.

Oposição fizeram a festa no interior da Câmara de Lago da Pedra 

Carlinhos – Você ficou magoada com os colegas vereadores da oposição em decorrência de tudo o que aconteceu?

Lorena Coelho – Eu tenho sido muita tacada por esses meus colegas vereadores; estão comemorando e ao mesmo tempo, me atacando, me chamando de despreparada. Claro que isso machuca as pessoas. Dá uma ideia da natureza deles e como eles agem quando pensa que estão no poder. No entanto, apesar da dor, não sou uma pessoa de guardar mágoas de ninguém tenho todos como meus amigos; gosto deles e esse problema será facilmente resolvido na justiça.

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Vídeos da confusão

Pablo Sales decreta greve de fome dentro do prédio da Câmara e garante a sessão às 17h00