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Em pronunciamento no plenário da Câmara Federal, terça-feira (24) o deputado Hildo Rocha manifestou apreensão com a crise vivenciada pelas indústrias de ferro-gusa instaladas no Maranhão que está ocasionando a demissão de trabalhadores do setor. O parlamentar citou o caso da Margusa, localizada no município de Bacabeira, que atua no Estado há 17 anos. “A empresa desligou as maquinas, fechou as portas e está demitindo 360 empregados”, argumentou.
Manifestação em frente à Margusa-Bacabeira/MA
Rocha argumentou que para cada emprego, na indústria de gusa, são gerados cinco indiretamente. “Portanto, estamos falando de 1.800 pais ou mães de famílias desempregados, o impacto é muito forte na economia maranhense”, destacou.

Crise
Continua...

O Estado é o segundo maior produtor de ferro gusa do Brasil. 100% da produção maranhense tem como destino a exportação. Diferente de Minas Gerais que tem o mercado interno como principal comprador. Segundo o parlamentar, a atividade está ameaçada por causa da desvalorização da moeda chinesa, principal comprador da produção maranhense.

Mas, o fator determinante para a crise do setor, é o descumprimento, por parte do Governo Federal da legislação do reintegra.  “Desde o final do ano passado o tesouro nacional não está devolvendo o valor do PIS/COFINS arrecadado conforme estabelece a legislação do reintegra”, declarou.

Rocha alertou que a crise já se aproxima da cidade de Açailândia com a possibilidade do fechamento de mais quatro empresas: Gusa Nordeste; Viena; Siderúrgica Pindaré; e Siderúrgica Guarani.
Siderúrgica Gusa Nordeste em Açailândia  
Apesar da crise a industria segue produzindo 
Providências

O parlamentar encaminhou, aos ministros, Armando Monteiro, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e Joaquim Levy, da Fazenda, requerimento solicitando providências para a regularização do problema evitando, assim, que mais 11.000 mil famílias venham a ser prejudicadas.

Aço verde

Outra ação apontada por Hildo Rocha, para ajudar no fortalecimento da indústria guseira maranhense, é o apoio do Governo Federal na conclusão da Aciaria Nordeste. “Quando entrar em operação, a empresa irá adquirir parte do ferro-gusa produzido no Maranhão. Será a primeira indústria do mundo a produzir o aço verde”, afirmou.


Considera-se “verde” o aço produzido com a utilização de carvão vegetal obtido de madeira originária de reflorestamento, em substituição ao carvão mineral que é mais poluente e mais agressivo ao meio ambiente.
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