Declaração do Padre José Geraldo sobre o sequestro em seu facebook é recebida com surpresa por policiais civis de Pedreiras

O padre José Geraldo, pároco do Santuário de São Benedito de Pedreiras, fez uma postagem em seu perfil do facebook que 'caiu como uma desagradável bomba no seio da polícia de Pedreiras, em especial, os polícias civis que não gostaram da forma como o religioso foi, a público, reivindicar os louros da libertação de uma jovem das mãos do ex-namorado, que a submetia há horas de jugo.

Inicialmente, veja o que escreveu o padre em seu facebook.

Postagem do Padre José Geraldo em seu facebook

Sobre as afirmações acima, o Blog do Carlinhos recebeu várias mensagens de policiais civis que atuam na região de Pedreiras e participaram da operação de resgate na sexta-feira, dia 3. De acordo com eles, estão tristes ou decepcionados com as declarações do padre. Lembraram que o intenso trabalho de inteligência dos IPC conseguiu localizar o cativeiro da mulher, solicitaram apoio dos colegas militares e, em seguida, iniciaram a longa e complicada negociação com um homem armado, transtornado e que mantinha a ex companheira em cárcere privado e sob ameaça.

Naquele momento tenso de negociações, o raptor exigiu a presença de várias pessoas no local para libertar a refém e se entregar a polícia em segurança. Cada uma dessas pessoas, de uma forma ou de outra, colaborou com as polícias civil e militar  para o desfecho bem sucedido da operação, dentre elas, o pessoal da imprensa, em destaque o cinegrafista da TV Record que vestiu um colete a prova de bala e chagou a conversa com o raptor; o apresentador de TV Chico Corinto; a juíza Dra. Gabrielle; a delegada Dra. Marília, o irmão acusado e o padre de Pedreiras, José Geraldo.

Os policiais não estão compreendendo a declaração do padre; por que um homem com a vida dedicada a Deus e, aos seus semelhantes, tem a necessidade de ir a pública, através da rede social do facebook, reclamar para si os louros do final feliz de um sequestro, mesmo que ele tenha dado uma grande contribuição?

Veja um relato de detalhes da operação escrito por um policial civil, em continua...

“Esse é o relato que aconteceu: na data do dia 02/07/2015, por volta das 21 horas, MARIA NILDA foi raptada pelo ex-namorado ANTONIO CARLOS DA CONCEIÇÃO, 41 anos, em um posto de gasolina de Pedreiras e foi mantida em cárcere privado com ameaças constantes de arma de fogo, um revólver cal 38, com 6 projéteis.

Na manhã do dia 03/07/2015, por volta das 09 horas e 30 minutos os investigadores Jackson e Raniery conseguiram descobrir o local onde a vítima era mantida em cárcere.

Imediatamente o delegado Rafael Almeida do 1o DP de Pedreiras, se descolou para o local com apoio da Força Tática do 19 BPM.

As negociações logo se iniciaram pelo Delegado Rafael Almeida.

Logo em seguida pedimos apoio ao Delegado Márcio Mendes de Trizidela do Vale que compareceu ao local, e também a delegada Marília Vasconcelos.

O acusado ANTONIO CARLOS estava bastante nervoso, fazendo uso de medicamentos controlados e bebida alcoólica.

As negociações evoluíram com a presença do irmão do acusado, que se deslocou de Coroatá para Pedreiras.

Por volta das 17 horas, o acusado se entregou. Com ele foi apreendido um revólver cal 38 com 06 munições. A vítima foi encaminhada ao hospital geral de Pedreiras, e passa bem.

O acusado será autuado pelo crime de cárcere privado, ameaça e posse de arma de fogo pela Delegada Marília Vasconcelos, titular da Delegacia da Mulher de Pedreiras - 14a Delegacia Regional.

Lembrando que os investigadores da polícia civil que descobriram o local do cárcere privado.

O delegado Rafael chegou ao local e pediu apoio a Força Tática.  O major Jean também chegou, depois chegaram os delegados Marcio Mendes e Marilia. Major Mauricio chegou mais tarde, parece que estava em outra cidade participando da discussão do PPA promovida pelo Governo do Estado.

O delgado Rafael assumiu as negociações com  Antônio Carlos. Não houve sequestro. O crime foi configurado por cárcere privado, com ameaça de arma de fogo.

A colaboração de todos foi importante para o desfecho: a juíza Ana Gabriela foi ao local e ficou até o final; o delegado Lucas Smith chegou por volta das 16 horas.

Mensagens que o Blog do Carlinhos recebeu de alguns PCs inconformados com a declaração do Padre José Geraldo.

“Mais essa?!?!?! É muita gente querendo se promover”, exclamou um investigador da polícia civil.

“DA PRÓXIMA VÊZ TALVEZ É MELHOR NÃO IRMOS NEGOCIAR!

BASTA CHAMAR O PADRE”, brincou um delegado.

“O padre ligou para o acusado de forma deliberada, sem nossa autorização. Isso vai contra as recomendações da Cartilha de Gerenciamento de crise da SENASP”, comentou outro delegado.

“Estou lendo cada coisa aqui.... meu Deus... Mas não me importo, não. Meu objetivo foi alcançado: libertar a vítima sem lesão e com vida. O resto que...”, esbravejou outro policial civil.

"Cita vários nomes como sendo suas testemunhas de que ele foi o herói!!! Tem essa necessidade", questionou um PC.

“E se desse errado, a responsabilidade recairia sobre nós. Isso eles não pensam”, questionou outro policial civil.

“Deixa o padre com seus 5 minutos de fama, estamos felizes por ter cumprindo bem nosso dever”, finalizou um delegado.

Não foi trabalho de uma pessoa, mas o trabalho de todos

Policiais civis no local

Chico Corinto foi chamado e deu sua contribuição

Policiais civis e militares juntos para realizar bem o desfecho do sequestro

Delegado Dr, Rafael

Padre José Geraldo, foi solicitado sua presença, chego no início da tarde no local
do cárcere e deu sua contribuição

Momentos tenso

A negociação estava tensa

Major Maurício comandou os seus homens e desempenhou magistralmente
seu trabalho

A refém foi liberada 

Inicio de uma nova, mas dessa vez, rápida negociação com o acusado de sequestro
Major Jean, subcomandante do 19ª Btl.

Antônio Carlos se entrega e sai preso 

Decidimos não divulgar os nomes dos PCs nesta postagem. O Padre José Geraldo pode enviar uma manifestação sobre essa postagem ou direito de resposta para o email: pf.carlosalberto@hotmail.com ou conversar pessoalmente com os policiais civis sobre algum mal entendido em sua declaração.