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Policiais civis de Pedreiras, em greve por tempo indeterminado
Nesta terça-feira 04 de agosto os Policiais Civis do Maranhão, aderiram a GREVE GERAL da categoria por tempo indeterminado, em todos os Plantões Centrais, Delegacias e Regionais no interior do Estado. O movimento paredista está concentrado no Plantão Central do Bom Menino, em São Luís, e nas portas das delegacias Regionais no interior do Estado, incluindo os que trabalham na região de Pedreiras.

No meio da manhã de hoje, o Blog do Carlinhos esteve na 14ª Delegacia Regional, em Pedreiras (MA), acompanhando o movimento grevista dos PCs da nossa região. O investigador Dário, de Igarapé Grande, falou a imprensa sobre os motivos que levou a paralisação e o que estará em funcionamento nas delegacias. Assista no vídeo abaixo. 
Vídeo
Assista ao vídeo: Entrevista com o investigador Dário de Igarapé Grande 

Ao todo 2.166 policiais, que engloba comissários, investigadores, escrivães, auxiliares de pericia médico legal, motoristas e operadores de rádios estão paralisados por uma política de valorização salarial para os agentes da segurança pública, melhores condições de trabalho e a retirada dos presos das delegacias do interior.

Durante a GREVE GERAL está funcionando apenas 30% do efetivo de acordo com o artigo 9º, da Lei 7.783/89. Serão atendidos apenas casos de autos de prisão em flagrante delito decorrentes de crimes inafiançáveis, crimes hediondos, contra a criança e adolescente, idoso, Lei Maria da Penha, e expedição de requisição de exame de corpo de delito.
Continua...

Durante sete meses, o Sindicato dos Policiais Civis-SINPOL/MA vinha negociando com o Governo do Estado por uma política de remuneração decente e condizente com a função do policial. Foram realizadas várias reuniões com o Governo que tinha garantido dar um posicionamento sobre os pleitos da categoria até o dia 30 de junho, o que não ocorreu. Como não houve negociação, os policiais civis decidiram em Assembleia Geral realizada no dia 24 de julho, pela GREVE GERAL por tempo indeterminado.

O SINPOL esclarece que não houve reajuste de salário para a Polícia Civil, mas sim recomposição de apenas 5% no subsídio por meio da Lei nº 10.266. E R$ 200 reais em cada gratificação que inclui auxilio alimentação, adicional noturno, e exercício em local de difícil provimento, que estavam congeladas desde 2007. Esse valor também é para a insalubridade,  que não foi cumprindo. “Essa recomposição salarial não deve ser confundida com o pleito da categoria, visto que esse reajuste estava congelado desde 2007. O que estamos negociando é que se estabeleça uma tabela de remuneração que deve ser implantada de 2016 até 2018. Mas, para isso é necessário que essa tabela e esses valores sejam encaminhados para Assembleia Legislativa para está prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias-LDO”, disse Heleudo Moreira, Presidente do SINPOL.

Quanto ao abono de permanência ele foi concedido para todos os agentes da segurança pública, e não apenas para os policiais civis como tem sido divulgado. “Essa recomposição das gratificações na polícia civil foi de 5%, enquanto que os delegados tiveram aumento salarial de 70%, ou seja, nosso valor em recomposição não superou nem a inflação que está em 8,8%. E o abono permanência não é exclusividade dos policiais civis, mas para todos os agentes da segurança pública que possuem direito”, disse Fabrício Severo, Vice-presidente do SINPOL.

Ao todos foram empossados 66 novos policiais civis, no entanto, o Sindicato espera que sejam chamados aproximadamente os 135 excedentes do último concurso. “Temos uma necessidade do aumento de efetivo, pois são apenas 2.166 policiais para todo Estado do Maranhão, e esse quantitativo não é suficiente para dar conta de quase 7 milhões de habitantes”, disse o Presidente.

Sucateadas. Essa é a condição em que se encontra boa parte das delegacias no Maranhão. A grande maioria funciona em prédios ou residências alugados que nunca foram reformados. Em 217 municípios, apenas 37 passaram por alguma reforma na gestão anterior.

Os policiais civis ainda convivem com a falta de infraestrutura. “A maioria dos prédios são insalubres e inadequados. Não temos se quer um prédio central da polícia civil como as outras instituições possuem, então é cada vez mais difícil executar nosso trabalho”, disse o policial Zé Renaldo Oliveira.

Assembleia Geral

No final da tarde às 16h, os policiais civis sairão do Plantão Central do Bom Menino em carreata para a Assembleia Legislativa. A convite do deputado Júnior Verde (PRB), a diretoria do SINPOL e os policiais realizarão uma reunião com os deputados estaduais no Plenarinho da Assembleia Legislativa às 17hs e em seguida farão uma Assembleia da categoria para avaliar e decidir os novos rumos do movimento.

Ponto Paralelo

Os policiais que estiverem na concentração do movimento devem assinar o Ponto Paralelo de Greve. E aqueles que estiverem trabalhando de acordo com o efetivo de 30% devem assinar o ponto das respectivas delegacias.

O ponto paralelo de greve será assinado duas vezes ao dia, sendo que a primeira assinatura deverá ser feita até no máximo às 9 h e a segunda até às 15h.
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1 Comentários

  1. Na realidade a sociedade quer saber dos senhores servidores públicos pertencentes a polícia judiciária do estado, que tem como papel principal, elucidar os crimes e preparar os inquéritos o mais rápido para o judiciário, é o seguinte : porque 3 a 5% dos crimes são elucidados, ou seja de 100 crimes 5 no máximo são elucidados. É os senhores que não estão preparados, é o estado que não da todo o apoio logístico em termos de avanços tecnológicos, ou é falta de boa vontade dos senhores de prestar um bom serviços a sociedade. Seria interessante que os senhores colocassem de uma forma bem clara, porque a greve? Para a sociedade que paga os seus salários estarem do lado dos senhores ou não.

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