Aconteceu em Pedreiras...
0
Comentários
Ele (não vamos identificá-lo
para não causar constrangimentos desnecessários) é natural de Pedreiras (MA). Há
alguns anos, foi embora para Parauapebas, uma grande cidade do estado do Pará,
atrás de emprego.
De uns tempos para cá,
estava desgostoso com a vida em Parauapebas, por conta do elevado índice de
violência que aflige aquele município com quase 200 mil habitantes,
principalmente assaltos, roubos, arrombamentos, furtos e latrocínios. Sentindo
que a vida não tinha mais valor naquelas paragens, ele decidiu voltar para sua
terrinha, Pedreiras, a Princesa do Mearim. Saudade de casa, dos amigos e da
vida tranquila de Pedreiras... “uma cidade grande, mas que ostenta a calmaria de
cidade pequena e interiorana”, pensavam em seu coração.
No meio da semana, lá pelo
dia 4, o filho pródigo desembarcou do ônibus próximo a Praça da Sucan e do
famoso Castelo de Leican; seguiu caminhando tranquilamente em direção ao Bairro
do Mutirão, onde moram seus pais.
A saudade de casa e a
vontade de rever seus familiares apertavam-lhe os passos. Ao entrar na Avenida Marly
Boueris do Mutirão, dois homens em uma moto encostaram no filho pródigo e o
abordaram.
“Hei, vagabundo, passa o
celular”, ordenou o garupa da motocicleta, mostrando um revólver ameaçador.
Sem acreditar no que estava
acontecendo, ele tentou desconversar.
“Que celular?”
Os bandidos não estavam a
fim de conversação.
“O celular que tá escondido
na tua roupa, vagabundo!”
Não teve jeito, ele precisou
entregar o aparelho.
O celular estava escondido
na cueca do filho pródigo, desde o momento em que ele deixou a perigosa Parauapebas
(PA) para regressar a sua amada e tranquila Pedreiras (MA).
O aparelho não se encontrava
com uma fragrância muito boa, ainda assim, os assaltantes o receberam de bom
grado e fugiram em direção a um rumo incerto.
Mal o filho prodigo chegou
em casa, abraçou os familiares, parentes, vizinhos e amigos, pediu as bençãos
do pai e da mãe, precisou procurar a DP para registrar uma ocorrência. Ele
nunca fora assaltado em Parauapebas e deixou o município com receio da
violência, vindo se abrigar em sua querida terra de Pedreiras.
Este relato parece um causo,
mas infelizmente é uma história da vida real.
0 Comentários