“Teremos mais investimentos de novos negócios no Maranhão em 2017”, afirma Simplício Araújo
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Ao anunciar que governo do Estado
receberá até meados de 2018 R$ 7 bilhões em investimentos, o secretário
estadual da Indústria e Comércio, Simplício
Araújo, afirmou que a vinda dos novos investimentos privados foi estimulada
pela mudança na política de incentivos fiscais do Estado, que passaram a ser
concedidos a cadeias produtivas e não a empresas discriminadas. Desse total, R$
6 bilhões virão de projetos privados e R$ 1 bilhão de recursos públicos, do
BNDES e Governo estadual.
O secretário disse que está
trabalhando e divulgando números reais e que irão ser aportados nos próximos
anos. Segundo ele, o governo Flávio Dino
abriu novas perspectivas de investimentos ao trabalhar os pequenos e médios
negócios no Maranhão, que, conforme completou, são maioria na atividade
econômica do estado. “Os investimentos internacionais estão na
órbita do Maranhão, mas estamos tratando dos mesmos com responsabilidade e
cautela”.
Continua...
Simplício afirmou ainda que os
investimentos poderiam ser ainda mais elevados, se não fosse o impacto da crise
econômica. O secretário também aposta na verticalização da cadeia de grãos que
deverá finalmente iniciar no Maranhão.
Jornal Pequeno – O governo do
Estado anunciou que deve receber investimentos na ordem de R$ 7 bilhões, não há
uma superestimativa?
Simplício Araújo – O valor
poderia ser ainda mais elevado se não fosse o impacto da crise econômica. Se
não tivéssemos a crise nacional, o Maranhão, em virtude da grande demanda
interna existente, uma vez que importamos cerca de 85% do que consumimos de
estados vizinhos, pela localização, pelos modais de transporte e pelo Porto de
Itaqui, teria mais novos negócios. Receberemos até o final de 2018
investimentos de R$ 7 bilhões. Esse número tende a aumentar, pois na Secretaria
de Indústria, Comércio e Energia temos outros projetos em andamento.
JP – Virão de onde esse aporte de
R$ 7 bilhões para investimentos?
Simplício – Serão R$ 6 bilhões de
projetos privados nas cadeias produtivas e R$ 1 bilhão de recursos públicos, do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e do Governo do
Estado. No ano passado, os investimentos com recursos públicos somaram R$ 1,3
bilhão, volume considerável para um Estado com receita corrente líquida de
cerca de R$ 10 bilhões.
JP – Nesse montante de R$ 1,3
bilhão já havia recursos do BNDES?
Simplício – Foram R$ 730 milhões
de recursos estaduais e mais R$ 570 milhões em operações de crédito para os
programas de construção de escolas, hospitais regionais e penitenciárias, de
rodovias e asfaltamento urbano. Se não fosse a crise, o programa teria avançado
mais.
JP – O governo Flávio Dino mudou
a política ou o Maranhão já trilhava numa rota favorável a obter esses
investimentos?
Simplício – Mudamos a política de
incentivos fiscais do Estado, que passaram a ser concedidos a cadeias
produtivas e não mais a empresas discriminadas. Os novos investimentos privados
foram estimulados por essa política. Na cadeia de proteína vegetal e animal,
por exemplo, devem ser concluídos neste ano investimentos de R$ 200 milhões da
Algar Agro, na ampliação da capacidade de processamento da unidade de soja em
Porto Franco; e da Notaro Alimentos, de R$ 172 milhões em um complexo avícola
em Balsas.
JP – Na reforma que o governador
anunciou recentemente, a sua secretaria incorporou a Minas e Energia, qual é a
sua expectativa para o setor?
Simplício – Na área de energia
deverá entrar em operação, em meados do segundo semestre deste ano, o complexo
Delta 3, da Omega Energia, na região nordeste do Estado. O primeiro projeto de
geração eólica do Maranhão, com oito parques, 96 aerogeradores e capacidade
instalada de 220,8 MW. Os investimentos da empresa no Estado podem atingir até
R$ 1,5 bilhão em 2017. Vamos dialogar com os empreendimentos na área de
mineração buscando regulamentação e organização do setor.
JP – No mês passado, antes de
incorporação da Minas e Energia, o senhor já havia anunciado um empreendimento
na área de combustível?
Simplício – Teremos investimentos
de R$ 200 milhões da Raízen e de R$ 100 milhões da Temape – Petrovia, em bases
de distribuição de combustível no polo industrial de São Luís, em área próxima
ao Porto de Itaqui. O projeto deverá ser concluído em dois anos e vai dobrar o
volume de combustíveis que a empresa movimenta na região compreendida por
Maranhão, leste e sul do Pará, Tocantins e Piauí, hoje de 1,2 bilhão de litros.
Outros empreendedores estão esta semana no Maranhão, visitaram nosso porto e
reuniram conosco. Devemos fazer mais anúncios neste segmento nos próximos
meses. Estes projetos devem se instalar em áreas públicas, que estavam em posse
de terceiros, impedindo os investimentos. Com esses projetos poderemos ampliar
as redes de postos próprios de combustíveis no Maranhão e estados próximos,
gerar empregos e arrecadar mais impostos para continuar investindo na reversão
dos índices de qualidade de vida herdados da gestão anterior.
Do Blog do Sandro Vagner.
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