Maranhão continua a batalha dos sub judice
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Desde do início do ano o
governo do Estado do Maranhão conta com 1.432 candidatos sub judice. Sendo que
dentro deste quantitativo se encontrão 847 futuros alunos ao curso CFSD aptos
ambos já passaram nos testes físicos e exames médicos. Até hoje nem o Governo e
nem a banca de ensino da polícia militar do Maranhão deu previsão de começo.
Não podemos esquecer que os
mesmo que aí estão a espera do curso tem o mesmo direito que os que foram
formados e nomeados no começo do ano já que todos entraram de forma judicial .
A sociedade em geral está
acompanhando de maneira positiva a caminhada dos sub judice, que terão mais uma
reunião na assembléia com os deputados em busca de respostas do curso. De
maneira bem surpreendente fomos surpreendidos com uma carta aberta de uma jovem
sub judice. Vale a pena ler este relato até o final .
Continua...
Desabafo de uma sub judice
Coloquemos Deus no início
que ele cuidará do fim!!!!
Meu nome é Fabiane Mendes, tenho 28 anos, uma
filha de 7 anos, acadêmica de
Educação Física pela Universidade
Federal do Maranhão, desempregada em 2014, aprovada no concurso da Polícia Militar
do Maranhão de 2012, fiz 36 pontos pra cidade de São Luís, aluna desligada do
Curso de Formação devido a determinação de suspensão de número 016063/2016, da
presidência do TJ.
Venho através desta carta
relatar o motivo de não abrir mão do que me fez e faz guerrear na vida, nós
precisamos uns dos outros pra vencer e dói ver um sonho escapando pelos dedos
sabendo que tudo poderia ter sido diferente.
Sabe porque dói?
Dói ver toda a luta que tive
e que tivemos em fazer toda essa revolução no efetivo da briosa PMMA e ver que
um papel e uma assinatura frustrou as perspectivas de um objetivo de vida!
Dói ver que a justiça tem
dois pesos e duas medidas para uma mesma situação!
Dói saber que todos conhecem
a tua luta, mas ninguém pode te ajudar porque não tem o poder da caneta ou
porque não se dispõe a te estender a mão. Ninguém quer se envolver numa "briga" que
se um ficar de fora tanto faz.
Dói lembrar todas as
provações e superações que na trajetória não serviram de nada diante de uma
determinação humana.
Dói ter experimentado estar
no CFAP QUERIDO, conhecido instrutores inspiradores e exemplares e almejar
segui-los nos ensinamentos e ter que
sair drasticamente e perversamente.
Dói. Dói demais,
principalmente quando lembro as vezes que deixei de tomar café pra poder pagar
a passagem pra ir a reuniões na
Assembléia Legislativa, das vezes que quase fui despejada do meu lar e estava
ali dando palavras de fé e de força para que os demais acreditassem que com Deus
tudo é possível! Pelas vezes que não
tive com quem deixar minha filha e tive que levá-la pra treinos e reuniões,
doações de sangue, doações de brinquedos
e outras ações sociais organizadas
enquanto ninguém conhecia nossas guerras silenciosas. Quantos de nós
abandonamos emprego, faculdade e tudo mais por não conseguir conciliar com o
horário do curso de formação. Quantos saíram das suas cidades, do conforto
familiar por acreditar num futuro melhor e por saber de sua missão na briosa
junto aos seus irmãos.
Como dói estar desempregada
desde 2014 e privar minha filha de tudo inclusive de festas de outras
amiguinhas porque não tinha o presente pra levar, não tinha a roupa e o sapato
pra ir, além dela querer ter coisas que eu não podia dar e por tudo isso eu me dediquei
nessa verdadeira guerra em prol de honrar e vestir o que seria (será) a minha
segunda pele e que bate mais forte no peito por entender que o papel do
policial militar é muito mais que ser um
servidor público, é viver em função da sociedade e para a
sociedade e muitas vezes deixando sua família a mercê pra defender quem não
conhecemos.
Dói, mas eu não desisto! Não
desisto porque nenhuma luta é em vão!
Não desisto porque um verdadeiro guerreiro tem que saber o que quer.
Não desisto porque não estou
formada e nomeada por falta de competência, mas por uma simples conveniência
humana. Se for preciso lutar sozinha ou com a multidão, eu vou, mas vou com a
honra de quem só se prostra aos pés do Senhor, com a honra de mulher e mãe que
não se vende nem se troca por qualquer preço, com a dignidade de quem tem
escrito uma história limpa e sem trapaças, história de quem acredita nos
verdadeiros valores que estão se extinguindo na sociedade, entre eles a
honestidade.
Doeu e ainda dói porque não é fácil dar a cara a tapa, ficar conhecida dentro do
Maranhão e fora dele por ser
perseverante e por não desistir e muitas vezes ajudar quando eu mesma precisava
de ajuda e ficar pra trás como se não
tivesse nenhum valor tudo que foi conquistado até aqui. Muitos guerreiros e
amigos conquistaram o tão sonhado objetivo, alguns estão prestes a realizar,
outros estão impedidos por uma suspensão que destruiu a vida de muita gente que
só queria continuar.
Mesmo que doa, nada foi
à toa! Pois na dor, aprendemos mais do que no momento de alegria,
aprendemos a valorizar nossa família, descobrimos os verdadeiros amigos,
aprendemos a falar e a silenciar quando for preciso, aprendemos que o poder é o
troféu mais sujo e corruptível para o ser humano.
Dói! Dói! Dói! Dói quando
vejo meus amigos e companheiros de luta atendendo ocorrências no meu bairro e
ver que se não fosse essa maldita suspensão, também estaria ali combatendo o
bom combate junto aos irmãos e valorizando tudo que foi suado, tudo que foi
conquistado.
Dói! Pode não doer pra quem não tem nada a perder,
mas quem tem família e espera poder construir um futuro melhor pras próximas
gerações, sabe o quanto perdeu, o quanto a população perdeu, inclusive o
sossego, inclusive os direitos básicos de um cidadão.
Eu não sei o que você passou
até chegar aqui, mas eu digo pra você
não desistir. Tudo é possível ao que crê
(Marcos 9.23)
Levante a cabeça, vista a
armadura da fé, faça um propósito com
Deus, lembre o que e quem o fez chegar até
aqui, oremos por nossos governantes para que se sensibilizem com a
necessidade de efetivo que ainda urge para o Maranhão que tem mais de 1.300.000 na ilha e quase 7
milhões de habitantes em todo o seu território pouco mais de 9 mil policiais.
Oremos para que o impossível aconteça. Se Deus quiser, nada poderá nos impedir de ser e de estar onde quisermos!
Creia! Lute! Nunca desista! Você pode ser o exemplo que alguém precisa pra
também acreditar na vitória. Seja a diferença!
Todos nós só queremos nossa
oportunidade! Vamos nos fazer entender, vamos nos fazer ouvir!
Eu quero um dia poder estar
com o nosso governador Flávio Dino e poder olhar nos olhos dele e pedir que nos
ouça, pedir que ele veja seus eleitores, que ele veja o grito de esperança que
está entalado em nossas gargantas, que ele veja simplesmente que estamos
dispostos a escrever uma nova história para o Maranhão com o apoio dele.
Já bati em muitas portas e
onde quer que chegamos as pessoas conhecem e reconhecem o quanto
batalhamos e quantas coisas foram
conquistadas, muitas pessoas agraciadas com a vitória, mas nós também somos e fizemos parte de tudo isso e queremos
apenas ter a nossa chance.
Espero em Deus e acredito
num milagre! Não vou desistir! Um dia minha filha disse que se eu realmente
quero ser uma policial militar, eu não posso desistir nem dizer que não
consigo! Eu tenho que acreditar e buscar... E perseverar! Andar, mas nunca
parar.
Convidamos todos os Sub
Judice do concurso da Polícia Militar para uma reunião decisiva com relação aos
resultados das demandas propostas pela comissão de segurança da Assembléia
legislativa. Sua presença é muito importante.
O que? Reunião geral com os
Sub Judice da PMMA; Quando? Quinta-feira(04/05); Onde? Sala das Comissões da
Assembleia Legislativa; Horário? 08:00 horas.
Não deixe seu direito nas
mãos dos outros, venha participar. Você tem um dever a cumprir!
Do Blog Pedras Verdes.
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