Acusados de assassinato de ex-prefeito Borges de Poção de Pedras são condenados
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O Poder Judiciário aplicou uma pena de 28 anos e 15 dias
de cadeia para os réus Cosme Teixeira e Rogério Furtado
Julgamento ocorreu nesta quarta-feira no Fórum
Desembargador Sarney Costa
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Vinte e oito anos e 15 dias foi a pena decretada pelo
Poder Judiciário para o advogado Cosme José Teixeira e Rogério Furtado de Sousa
pelo assassinato do ex-prefeito de Poção de Pedras, Raimundo Mota da Silva, o
Borges. O assassinato ocorreu no dia 17 de setembro de 1992, no Conjunto
Paranã, na cidade de Paço do Lumiar.
O julgamento ocorreu nesta quarta-feira no Fórum
Desembargador Sarney Costa, no Calhau. A sessão do júri foi presidida pelo juiz
Gilberto de Moura Lima e teve participação do promotor de Justiça Gilberto
Câmara França Júnior, na acusação, e os advogados Adriano Wagner Araújo Cunha e
João Bispo Serejo Filho na defesa de Rogério Furtado. O réu Cosme José
Teixeira, que é advogado, fez a sua própria defesa.
Ainda durante o julgamento foram ouvidas mais quatro
testemunhas entre acusação e defesa. A assessoria de comunicação do fórum
informou que o réu Cosme Teixeira foi intimado, mas não compareceu ao
julgamento e vai ser expedido um mandado de prisão em seu desfavor. Os dois
réus podem recorrer a essa sentença judicial, mas presos.
Crime
Na tarde do dia 17 de setembro de 1992, Raimundo Mota da
Silva estava em sua residência, no Vinhais, em São Luís, quando Rogério Furtado
de Sousa chegou alegando que iria levá-lo à presença de um "Desembargador"
que providenciaria o retorno de Borges ao cargo de prefeito da cidade de Poção
de Pedras. Em seguida, Rogério Furtado, Cosme José Teixeira e Valter Luiz
Bastos sequestraram e assassinaram o ex-prefeito de Poção de Pedras, Raimundo
Mota da Silva, Borges. O mandante desse crime, segundo a polícia, foi Francisco
de Alencar Sampaio, Chicão; e Romão Bizarrias Vilarindo.
Para o Ministério Público, Borges e Chicão foram eleitos,
respectivamente, prefeito e vice-prefeito de Poção de Pedras, para o período de
janeiro de 1989 a dezembro 1992, sendo o prefeito afastado por diversas vezes
pela Câmara de Vereadores ou por decisão judicial e o cargo ocupado pelo seu
vice. No momento em que ocorreu esse assassinato, Borges estava afastado do
cargo e pretendia retornar. Inclusive, ele havia ingressado com um pedido na
Justiça.
De acordo com o Ministério Público, a motivação do
assassinato seria para impedir o retorno de Raimundo Mota da Silva ao cargo de
prefeito e manter Francisco de Alencar Sampaio no cargo de modo definitivo e,
por consequência, também Romão Bizarrias Vilarindo como tesoureiro da
prefeitura e Cosme José Teixeira Maciel, na chefia de gabinete. Já Rogério
Furtado de Sousa que, mesmo não sendo funcionário de Porção de Pedras, recebia
gratificações pagas por Chicão.
Nesse crime, a Justiça pronunciou Rogério Furtado de
Sousa, Cosme José Teixeira Maciel e Valter Luiz Bastos Cantanhede. Enquanto,
Francisco de Alencar Sampaio teve extinta sua punibilidade, por prescrição, no
ano de 2012, quando estava com 72 anos de idade. Em 2013 ocorreu a morte de
Romão Bizarrias Vilarindo.
Reportagem da TV Difusora - São Luís
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