Hildo Rocha critica votação que adiou para 2020 o fim das coligações
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Membro
da comissão mista da reforma política, o deputado federal Hildo Rocha (PMDB/MA)
fez duras críticas aos colegas de parlamento que votaram pelo adiamento do fim
das coligações. De acordo com o deputado, a forma como a votação foi conduzida
impediu a participação da população nos debates. “Lamentavelmente, na calada da
noite mudam uma decisão que já havia sido amplamente debatida e aprovada na
comissão especial da PEC 282”, argumentou o parlamentar.
Reforma
achincalhada
De
acordo com Hildo Rocha, o congresso não está realizando reforma política e sim
uma farsa pois não reflete a vontade da população. O parlamentar disse que a
sessão que sacramentou adiamento do fim das coligações para 2020 é o resultado
de um acordo feito ao arrepio da vontade popular. “O correto seria cumprir o
prazo de cinco sessões, conforme estabelece o regimento da Câmara, para
permitir que a população pudesse opinar, por meio dos seus representantes”,
declarou o parlamentar.
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Como
forma de reparar o que considera um equívoco, Rocha propôs o cancelamento da
sessão. “Acho que a votação do segundo turno deveria ter sido agendada para a
próxima semana, pois o que aconteceu hoje é um desrespeito porque se atropelou
o regimento. A população quer o fim das coligações já a partir das eleições de
2018”, enfatizou.
Segundo
o deputado, a manobra não passa de um disfarce. “Alguns colegas de parlamento
apenas fingem que querem o fim das coligações. Muitos imaginam que sem as
coligações não conseguirão se reeleger. Assim, decidiram adiar para 2020. Os
vereadores mais uma vez serão cobaias. Essa situação sinaliza que, certamente
logo depois das eleições dos vereadores em 2020, haverá um retorno ao status
quo”, afiançou Hildo Rocha.
Responsabilidade
O
parlamentar lembrou que por se tratar de uma proposta de mudança da
constituição os colegas congressistas devem ser cautelosos e criteriosos.
“Estamos debatendo uma PEC, não é uma lei ordinária que pode ser mudada a
qualquer momento. O interstício de cinco sessões entre a votação do primeiro
para o segundo turno está no regimento da câmara para dar um tempo de reflexão
ao parlamentar e também para permitir se ouça a opinião do seu eleitor sobre o
projeto de mudança na constituição federal. Então, a responsabilidade é muito
grande. Nós temos que ouvir a voz das ruas, temos que saber o que a população
pensa sobre o que estamos votando”, disse Hildo Rocha.
Subfederações
partidárias
O
deputado se posicionou contra a criação da subfederação e solicitou a votação
em destaque do item. O parlamentar deixou claro o apoio à ideia da federação,
mas contra a subfederação. “O senado não aprovou essa tese. Isso é uma invenção
de alguns dirigentes partidários que tem interesse em formar as tais chapinhas
que é um artifício nocivo, prejudicial para a nossa democracia”, argumentou.
O
texto prevê que os partidos poderão compor uma federação para atuar durante
toda a legislatura. Nessa hipótese, para efeito da distribuição do Fundo
Partidário e do tempo de rádio e TV o desempenho dos partidos será avaliado em
conjunto.
Assessoria
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