Hildo Rocha defende a criação de leis para inibir a divulgação de “fake news”
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Durante entrevista ao Programa
Câmara Debate, da TV Câmara, o deputado federal Hildo Rocha voltou a defender a
criação de leis específicas para disciplinar a divulgação e compartilhamento de
notícias falsas, as famosas fake news. "Desde que o mundo é mundo existe
notícia falsa. Só que antigamente para
uma notícia chegar ao conhecimento de todas as pessoas demorava anos e hoje
chega em fração de segundos".
Efeitos devastadores de fake news
na saúde pública
O deputado citou um caso recente
em que a divulgação de notícias falsas induziu pais e mães e não fazerem a
vacinação dos filhos contra sarampo e outras doenças. Como aconteceu? Em 1998,
o médico Andrew Wakefield publicou estudo que relacionou a vacina contra
sarampo-papeira-rubéola (MMR) ao autismo.
A divulgação, feita pela revista científica The Lancet, gerou
controvérsias. Depois que ficou comprovado o equívoco a editora publicou
retratação.
“No Brasil, divulgaram nas redes
sociais como se fosse verdade. Muitos pais e mães ficaram assustados, não se
informaram melhor e deixaram de fazer a imunização dos seus filhos. Agora
corremos um grande risco porque, embora doenças como paralisia infantil e
sarampo já tenham sido praticamente extintas, poderão voltar associadas a
outras enfermidades como rubéola. Isso é grave, é um crime”, comentou Hildo
Rocha.
Continua...
Por que as pessoas compartilham
notícias falsas?
Hildo Rocha sustentou que nem
sempre o compartilhamento de notícias falsas acontece por má fé. “Às vezes a
pessoa replica notícias falsas como forma de afirmar o seu ponto de vista ou
para provar que é uma pessoa bem informada. Entretanto, existem os casos em que
o compartilhamento é feito de forma consciente, ou seja, quem compartilha sabe
que a notícia é falsa e compartilha com o intuito de atingir a honra de alguém
ou prejudicar uma instituição”, destacou
o parlamentar.
Destruição de reputações
O advento da internet, segundo o
parlamentar, criou facilidades para que reputações, construídas ao longo de
décadas, possam ser destruídas. Hildo Rocha enfatizou que "a sagrada liberdade
de expressão, assegurada na Constituição brasileira, não pode servir de
esconderijo para quem pratica crimes por meio da internet. Quem divulga
notícias falsas valendo-se desse princípio tão valioso, que é a liberdade de
expressão, deve ser responsabilizado pois a liberdade de expressão não pode
servir de refúgio para quem, de forma consciente, distorce fatos e divulga
notícias falsas com a finalidade de destruir reputações ou atingir organizações
de qualquer natureza”, argumentou Hildo Rocha.
Assessoria
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