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Detentos do Presidio de Pedreiras 
O Blog do Carlinhos apurou que a origem da rebelião aconteceu no final da noite de sexta-feira, dia 22. Por volta das 22h30m, um dos detentos retornou ao presidio e informou aos colegas de cela que ele fora agredido por monitores que o acompanhara até um hospital de Pedreiras, onde ele passara por exames médicos.

Os detentos, aparentemente revoltados com o relato do colega, iniciaram o motim na unidade prisional. Depois de uma violenta discussão com monitores, um dos presos, se armou com um chuço e colocou três monitores para correr do pavilhão. Em seguida, iniciaram a rebelião, ameaçando os monitores, fazendo arruaça nos corredores internos das celas e insuflando os outros detentos.

Não demorou muito para que cerca de 80 presos estivessem envolvidos na rebelião. Eles tentavam passar para o pavilhão dos presos oriundos de outras cidades, cerca de 27 presos. Desconfiados que eles poderiam tentar contra a vida desses presos, monitores e PMs conseguiram transferir os detentos de outras cidades para um outro local.
PMs cercam o presídio
Às 2h00 da madrugada de sábado, os presos amotinados tentaram fugir do presídio, porém foram contidos pela Força Tarefa e duas guarnições de serviço da PM.
Continua...


A PM usava balas de borracha durante a rebelião; sabendo desse detalhe, os presos utilizaram colchões como barricadas, armados de pedras e paus foram se aproximando dos policiais. Já na área externa do presídio, os PMs disparavam balas de borrachas, porém sem muito efeito; os colchões protegiam os presos das balas de borracha. No momento que os amotinados se aproximavam da área externa do presídio, policiais foram obrigados a empregar munição real.

No momento deste confronto eram apenas dez (10) PMs que tentavam conter a fuga de oitenta (80) presos enfurecidos. O resultado do confronto foi um saldo de seis detentos feridos aparentemente por arma de fogo e um preso morto.
A rebelião foi repercutida em todo Estado
Os feridos foram socorridos ao Hospital Geral de Pedreiras e, após medicados recambiados ao presídio. Um deles, em estado mais delicado, foi transferido para o hospital de Peritoró e lá permanece até o fechamento desta postagem. Não temos informações sobre policiais e monitores feridos.
Familiares do detento apreensivos chegaram ao local 
Durante toda manhã de sábado, os amotinados recusavam-se a voltar para suas celas e encerrar a rebelião. Por volta de 12h30, uma comissão da SEJAP (Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária) chegou a unidade prisional de Pedreiras. Foi feita uma equipe de negociação, - composta pelo Juiz da 1ª Vara da Comarca de Pedreiras, Dr. Marcus Adriano, o sub-secretário da administração penitenciária, um oficial do GTA, o padre José Geraldo e o Major Maurício, - para ouvir os presos. A negociação durou cerca de meia hora. O presos fizeram denúncias, reivindicações e por fim, concordaram em acabar com a rebelião, entregaram o corpo do colega morto que foi encaminhado para a perícia definir a causa do óbito e retornaram a suas celas.
Cerca de dez PMs evitaram a fuga de 80 detentos
Essa rebelião na unidade prisional de ressocialização de Pedreiras foi uma das mais sangrentas; circulou a informação errônea de que tinham cerca de três e até dez mortos, porém, só um perdeu a vida no confronto, o detento Aleandro da Conceição, o Pequeno, morador de Pedreiras.
Detento morto no confronto:
Aleandro da Conceição, o Pequeno

O presídio de Pedreiras, que tem cerca de 160 detentos, portanto, está nesse momento controlado. 
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