Saiba quem é Ivan Monteiro, o novo presidente da Petrobras
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Diretor financeiro é consenso para substituição Presidente fez um pronunciamento após Ivan Monteiro
aceitar convite para assumir comando da Petrobras. Pedro Parente pediu demissão
nesta sexta-feira (1º).
Executivo
fez carreira no Banco do Brasil, chegou à estatal com Bendine e geria o
programa de venda de ativos da gestão Parente
Em
pronunciamento, Michel Temer confirmou Ivan Monteiro como novo presidente da
Petrobras. Indicado pelo conselho de administração da companhia, o ex-diretor
financeiro da estatal é bem visto pelo 'mercado', assim como era seu
antecessor, Pedro Parente.
Monteiro
foi subordinado do ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso, que pediu demissão
da estatal nesta sexta-feira 1º após pressões por sua saída em meio à greve dos
caminhoneiros.
Desde
o início do movimento, em 21 de abril, Parente passou a ser criticado por
integrantes da base do governo e da oposição por sua política de preços que impõe
ao mercado interno a flutuação da cotação internacional dos combustíveis, que
disparou nos últimos meses. Petroleiros em greve também defenderam sua
demissão.
Relatos
da mídia indicam que Monteiro apenas aceitaria o cargo se o governo garantisse
não interferir na estratégia atual da empresa. No pronunciamento, Temer falou
que não haverá qualquer interferência na política de preços da companhia.
O
próprio Parente já recuara da política de preços original, ao conceder um
desconto no diesel e passar a corrigir os valores mensalmente, e não mais
diariamente. Dentro do governo, havia pressão para que houvesse menos intransigência
na definição dos preços. Titular de Minas e Energia, Moreira Franco teria sido
um dos que pediram recuos na política.
Independentemente
do caminho a ser seguido, Ivan Monteiro demonstra resistir a mudanças
profundas. Na Petrobras desde 2015, ele foi convidado por Parente a permanecer
no cargo após o impeachment de Dilma Rousseff e tornou-se seu braço-direito ao
comandar o programa de venda de ativos da estatal.
Engenheiro
de formação, Monteiro fez carreira no Banco do Brasil. Em 2009, chegou à
vice-presidência de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores
da instituição.
Ele
foi nomeado pelo então presidente do BB, Aldemir Bendine, que também o levaria
para a Petrobras em 2015 ao assumir o comando da estatal de petróleo. No banco,
Monteiro foi celebrado por uma reestruturação societária que envolveu operações
bem-sucedidas e trouxeram capital para a instituição. Ele também teve papel no
resgate do Banco Votorantim, que envolveu o corte de 40% dos funcionários.
Bem
visto pelo "mercado", Monteiro era elogiado pelos agentes financeiros
até quando seu chefe era criticado. À época da nomeação de Bendine para o
comando da Petrobras, o mercado reagiu negativamente ao nome escolhido por
Dilma Rousseff, mas elogiou a indicação de Monteiro para a diretoria financeira
da estatal.
Bendine
foi preso, suspeito de receber 3 milhões de reais da Odebrecht em troca de
favores à empreiteita em contratos com a Petrobras. Ele nega a acusação.
Monteiro não teve seu nome envolvido no esquema.
O
novo presidente da estatal resistiu à queda de Bendine e ficou no cargo a
convite de Parente. Sob a gestão ex-ministro de FHC, Monteiro perseguia uma
meta de desinvestimentos na Petrobras de 21 bilhões de dólares para o biênio
2017-2018. No início do ano passado, ele afirmou que a empresa tinha uma
carteira de ativos de 42 bilhões de reais que podiam ser vendidos.
Carta
Capital
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