Vídeo do homem com a perna dissecada do CNJ estava há 795 dias na Internet
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Vídeo anexado pelo juiz
Douglas Martins ao relatório entregue a CNJ. As imagens são de uma vítima de
acidente de motocicleta, provavelmente nos EUA, há mais de dois anos e não de
um detento vítima da violência em Pedrinhas
As imagens de um homem
rolando no chão com a perna direita completamente dilacerada deram o tom ao
relatório entregue ao presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro
Joaquim Barbosa, pelo juiz maranhense Douglas Martins. O propósito foi agravar
ao máximo a situação dos presídios do Estado e, com isso, politizar o caso. Por
4 dias a armação fez efeito, mas ontem descobriu-se a verdade: o vídeo
reporta-se a um acidente ocorrido longe do Brasil, ha pelo menos 795 dias, e
foi entregue a Douglas Martins pelo presidente do Sindicato dos Agentes
Penitenciários, César Bombeiro.
Continua...
Ontem, tão logo ficou
esclarecido que as imagens não se reportavam a fatos ocorridos no Maranhão, a
Polícia Civil tratou de investigar o caso. Descobriu que outro agente
penitenciário, Raimundo Francisco Sales, parceiro de Bombeiro, foi quem copiou
o vídeo da Internet e passou-a adiante com o propósito de armar o escândalo
contra o sistema prisional. Sales depôs perante testemunhas, mas negou-se a
assinar as suas declarações.
O relatório do juiz Douglas
Martins tem outas inverdades já detectadas e que estão sendo documentadas para
denúncia junto ao mesmo CNJ. Ele diz, por exemplo, que ele foi proibido por
líderes de facções criminosas de visitar todas as áreas do Complexo de Pedrinhas,
mas não cita nenhum dos tais líderes que o intimidaram.
Por outro lado, diretores de
Pedrinhas asseguram que Douglas andou por onde quis, mas foi aconselhado a não
ir, naquele instante, onde alguns detentos se confraternizavam com esposas e
filhos, afinal era o dia de visita do Natal. Informa o secretário da Sejap,
Sebastião Uchoa, que se Douglas assim decidisse, poderia interromper aquele
momento, ou voltar numa outra hora, mas, simplesmente não fez nem uma coisa nem
outra. “Inexplicavelmente, preferiu escrever que fora impedido, quando ele
tinha toda a autoridade do mundo para ir a todos os recantos de Pedrinhas”-
informou.
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