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Áudios captados pela SSP mostram como foram articuladas as ações realizadas na noite de sexta-feira por grupos criminosos.

Áudio captado pela SSP

- E aí, meu parceiro?

- E aí!

- É o Au que ta falando!

- Quem?

- É o Au que ta falando, pai. Au, parceiro! O Au Au, pô.

- Ah, Au. Diga lá!

- Te liga só, mermão. Deixa fazer uma pergunta aqui para o meu irmão: É Carioca que tá falando, é?

Continua...

- É Carioca, rapá. Eu ia ligar agorinha onde vocês aí, ó.

- Quero falar com um parceiro aí na triagem! Tem como saber se ele tá por aí, parceiro?

- Agora tá embaçadão, pô!

- Tá, né, pai?

- Agora fizeram umas mudanças lá na triagem, que mudou foi tudo aqui, parceiro.

- Qualquer coisa, se o moleque descer para aí, dá um apoio para o moleque aí, por nós, tá ligado?

- Se ele vir, tá ligado, que a gente vê.

- Te liga aí, te liga aí! Agora não ta fácil para ninguém! Reúne os moleques para fazer maior geral aí fora, parceiro! Reúne o pessoal para atacar ônibus, polícia! Vieram ontem aí e levaram uma 380 nossa e levaram tudo nosso, tá ligado?!

- Eu tô!

- Mas nós já tamo bolando uma geral aí. Para fazer uma geral aí fora. Cadê, Silvio? Xô falar com ele aí.

(...)

- E aí, Silvioete?

- Alô, Cariri.

- Te liga! O Choque hoje invadiu aqui. Levou uma 380 nossa. Aí quebraram umas paradas nossa tudinha. Levaram o vento, televisão, fogão. Devolveram só o vento na braba! Tamo bolando uma geral aí! É pra todo mundo se organizar para atacar é todo mundo. É ônibus, é polícia, é bombeiro, tá ligado?

- Eu tô!

- Aí ó. Agora tem um moleque do Coroadinho para dar uma idéia lá. Ó o moleque aí, ó.

(...)

- Aí, Sílvio.

- Tá firmeza, ta?

- Tá firmeza.

- Te falar, não tinha como tu falar com o moleque lá do Coroadinho para dar uma força aí não, junto com os moleque.

- Eu vou dar um alô lá. Os moleque está dando um apoio na geral pra todo mundo da apoio aí junto.

- Aí lembrei do meu irmão aí, aí ia bater até em Ricardo. É bom se ele batesse em Ricardo também, tá entendendo?

- Eu tô. Vou dar um alô lá, tá ligado? Tiraram tudo aí, foi?

- Foi, tiraram. Nós tamo sem nada aqui. O bagulho ta é muito doido. Tá uma giração direto em cima de nós aqui. É os cara direto! É a Força Nacional! É o Choque! Está entendendo, parceiro?

- Eu tô.

- Aí é o seguinte. Nós resolvemos dá um toque geral aí no pessoal para reunir geral aí, parceiro, ta entendendo?

- Eu tô.

- Vê o pessoal que ficam aí com a gente. Vê o que se pode fazer.

- Já dei idéia num moleque lá do Coroadinho da quebrada lá.

- Tem uns dois moleque lá, participando com a gente.

- Meu irmão dá idéia aí para ver os que eles podem fazer lá. Dá uma chamada no moleque, lá! No Morro do Alecrim lá, tá ligado?

- Eu tô.

- Os moleque lá tão ligado. Tem Pelezinho, tem o moleque lá. Quem ficou lá na casa de Ralf?

- Rapá, lá não tem ninguém não.

- Pô, parceiro. Depois que nós saímos de lá ficou desorganizado, mas já tinha te ligado aí parceiro porque eu tô meio devagar porque não tem dinheiro nessa cadeia.

- Mas tem uns moleque por lá.

- Pode crer, mas quando a gente sair daqui, nós vamos cair para dentro de novo.

- Firmeza então, vou dá um alô para os moleque lá.

- Firmeza. Fica com Deus aí. Vê o que pode fazer.

- Falou, falou.

- Falou, na hora.


Ouça trechos do diálogo dos criminosos na versão on-line de O Estado

Em oito arquivos de áudio captados pela Secretaria de Estado de Segurança aos quais O Estado teve acesso, está registrada a articulação da ação criminosa realizadas por um grupo de criminosos na noite da última sexta-feira em São Luís contra quatro ônibus e a 9ª Delegacia de Polícia Civil, no São Francisco. Nos registros, há ligações de preso para mãe, para outros criminosos mandando incendiar ônibus, roubar carros, atacar a polícia e realizar outros crimes.
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