Suspeito de fraude da Mega comprou sete carros em um dia
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De
acordo com a Polícia Federal, a quadrilha que forjou bilhete cometeu erros
grosseiros.
A quadrilha que desviou R$
73 milhões da Caixa forjando um bilhete de Mega-Sena cometeu erros grosseiros,
segundo a Polícia Federal, como a compra de vários veículos de luxo em um mesmo
dia.
No último sábado (18), a PF
desencadeou uma operação para desarticular a quadrilha - segundo a polícia, foi
a maior fraude já sofrida pela Caixa.
O suplente de deputado
federal pelo Maranhão Ernesto Vieira Carvalho Neto (PMDB) está entre os
detidos. A PF apreendeu um avião comprado por ele. A suspeita é que a aeronave
tenha sido comprada com parte do dinheiro do roubo.
A quadrilha, diz a PF,
cometeu erros primários, como compras excessivas logo após o golpe. Um dos
suspeitos comprou em uma mesma concessionária de Goiânia, num único dia, seis
carros Corolla e uma caminhonete Hilux.
Robson Nascimento, gerente
de uma agência da Caixa em Tocantinópolis (TO), também está preso, sob suspeita
de integrar a quadrilha. Segundo as investigações, Nascimento foi o responsável
por fazer a primeira movimentação dos R$ 73 milhões para uma conta corrente com
titular fictício.
A conta foi aberta no dia 5
de dezembro e, a partir dela, o dinheiro desviado foi repassado para diversas
outras espalhadas pelo país.
Erro - Para o delegado da
PF, Omar Peplow, que apura o caso, outro erro crasso foi o uso de um
comprovante real de endereço para abertura da primeira conta a receber o
dinheiro desviado — uma pessoa confirmou em depoimento ter fornecido o
comprovante ao suplente de deputado.
Gerentes da Caixa, conforme
a PF, têm uma senha de acesso à conta que efetua pagamentos de prêmios. Antes
de efetuarem o pagamento, porém, precisam enviar o bilhete vencedor para
checagem da superintendência da Caixa, em São Paulo.
A Caixa não recebeu nenhum
bilhete, mas mesmo assim o valor foi transferido. A reportagem questionou o
banco se há outros funcionários envolvidos e se houve fragilidade no controle
interno que tenha permitido o depósito milionário sem a devida checagem do
suposto bilhete.
A Caixa, em nota, disse que
"aprimorou seus controles internos diante de fato relevante" e que
também abriu apuração interna.
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