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Jhonatan de Sousa Silva, que assassinou o blogueiro há um ano e nove meses, será o primeiro dos 11 acusados de envolvimento no crime a ser julgado.

O assassino confesso do jornalista Décio Sá, o pistoleiro Jhonatan de Sousa Silva, 25 anos, senta hoje no banco dos réus. Ele desembarcou ontem, por volta das 14h, no aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado, em São Luís, para participar do julgamento de 11 acusados de participação no crime. O pistoleiro paraense que assassinou o jornalista será o primeiro a ser julgado, após um ano e nove meses do crime, que ocorreu por volta das 23h30, do dia 23 de abril de 2012, em um bar na Avenida Litorânea.

Continua...

Jhonatan chegou em voo comercial da Azul Linhas Aéreas, escoltado por agentes penitenciários federais, transferido do Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Ao deixar o aeroporto, Jhonatan foi escoltado por homens do Grupo Tático Aéreo (GTA) até a sede do Instituto de Criminalística (Icrim) para fazer exame de corpo de delito e depois recolhido em uma cela na Superintendência da Polícia Federal, no bairro Cohama.

Além de Jhonatan Silva, também deve ir a júri popular no hoje Marcos Bruno de Oliveira, apontado como piloto de fuga. Os dois respondem pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha.

Prisões - Jhonatan Silva foi preso pela polícia 43 dias depois de matar o jornalista Décio Sá. Ele estava escondido em uma chácara, no bairro Miritiua, em São José de Ribamar, que fica localizado na Região Metropolitana da Ilha de São Luís. Sua transferência para o Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande ocorreu no dia 24 de agosto de 2012.

Já o piloto de fuga, Marcos Bruno de Oliveira, foi preso pela polícia sete meses depois do assassinato do jornalista Décio Sá. Ele foi identificado em meio a uma quadrilha de hackers desarticulada por policiais da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), em novembro de 2012, na área do Cohafuma.

Durante o julgamento dos dois acusados, atuarão na acusação os promotores de Justiça Rodolfo Soares dos Reis, auxiliado pelos promotores Haroldo Paiva de Brito e Benedito de Jesus Nascimento Neto. Na linha da defesa, atuará o advogado Pedro Jarbas da Silva. Além disso, terão cinco testemunhas de acusação e oito de defesa.

O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia contra o pistoleiro Jhonatan Sousa Silva, justificando que ele teria sido contratado por uma quadrilha de agiotas, liderada por Gláucio Alencar Pontes Carvalho, 36 anos, e o pai dele, o aposentado José de Alencar Miranda de Carvalho, 74 anos.

Décio Sá teria sido assassinado porque no dia 31 de março de 2012 (23 dias antes do crime) ele denunciou em seu blog (blogdodecio.com.br) que a morte do empresário Fábio Brasil, 33 anos, na cidade de Teresina (PI) havia sido encomendada por um grupo de agiotas com ramificações no Maranhão.

Pronúncia de acusados é mantida

O juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, Osmar Gomes dos Santos, manteve a decisão de pronúncia de oito dos 11 acusados do assassinato do jornalista Décio Sá, executado a tiros no dia 23 de abril de 2012, em um bar na Avenida Litorânea, em São Luis.

Em agosto do ano passado, eles foram pronunciados para ir a júri popular e recorreram. O magistrado manteve a decisão em relação a José Raimundo Sales Chaves júnior, o Júnior Bolinha; os policiais Alcides Nunes da Silva e Joel Durans Medeiros; Elker Farias Veloso; o capitão da PM, Fábio Aurélio Saraiva Silva, o Fábio Capita; Fábio Aurélio do Lago e Silva, o Bochecha; os empresários Gláucio Alencar Pontes Carvalho e José de Alencar Miranda Carvalho (pai de Gláucio).

O juiz Osmar Gomes seguiu as denúncias do Ministério Público Estadual (MP) e remeteu o traslado dos recursos e do inquérito ao Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA).

O advogado Ronaldo Henrique Santos Ribeiro, denunciado pelo Ministério Público de participação no assassinato do jornalista, não será levado a júri popular. Em outubro passado, o juiz Osmar Gomes impronunciou o acusado, por não verificar indícios suficientes que comprovassem a autoria ou participação do advogado na trama para matar Décio Sá.
Mario Carvalho
Da equipe de O Estado


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