O significado da expressão “juiz não é Deus”
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A notícia, que repercutiu
como pólvora nas redes sociais, sobre a condenação de uma agente de trânsito
por ter dito a um magistrado que “juiz não é Deus” merece reflexões mais
profundas a nós, maranhenses. Pela primeira vez na história seremos governados
por um ex-juiz.
Evidente que qualquer
cidadão em sã consciência torce por um futuro melhor ao Maranhão, agora sob a
responsabilidade soberana (como ele gosta de repetir) do senhor Flávio Dino. E
que nem todos os juízes são adeptos do Absolutismo. Mas o fato ocorrido no Rio
de Janeiro mantém vínculos umbilicais com o que pode vir a acontecer agora no
Estado. Basta ter observado, com mais atenção. O comportamento do grupo que
ovaciona o ex-juiz é uma cópia de sua personalidade arrogante e possui forte
semelhança como o ocorrido. Dificilmente crer que ele se tornará mais humilde
ao sentar o traseiro na cadeira principal do Palácio dos Leões, tão
obstinadamente cobiçada.
Continua...
O caso da agente de trânsito
é emblemático. O juiz João Carlos de Souza Correa foi parado durante uma blitz
da lei seca, em 2011, na zona sul carioca, sem a carteira de habilitação e com
o carro (uma luxuosa Land Rover), sem placa e sem documentos. Ao ser informado
que o veículo teria de ser apreendido e levado a um pátio, o juiz exigiu que o
carro fosse levado para uma delegacia. Ambos acabaram sendo levados para a 14ª
DP (Leblon), onde o caso foi registrado. Ao tentar ser algemada por um PM, a
mando do juiz, a agente disse ao policial que “ele não era Deus”.
Condenada pela 36ª Vara
Cível do Rio de Janeiro a pagar R$ 5 mil, a agente da Lei Seca Luciana Silva
Tamburini, de 34 anos, disse em entrevista que não teria como pagar a
indenização. “Não tenho dinheiro para pagar isso, é mais que meu salário”,
disse ela. “Isso acontece todos os dias e não só comigo. Já recebi até um Você
sabe com quem está falando? da mulher de um traficante de um morro de Niterói”,
contou.
Para desconstruir a imagem
do grupo adversário, a campanha comunista usou de todas as artimanhas para
manipular a opinião pública – a exemplo das campanhas eleitorais este ano em
todo o Brasil. Mas ficou evidente a forma como Dino se ufanava ser ter sido
“juiz”, repetindo à exaustão em todas as entrevistas e debates, com ar de
superioridade.
Os processos movidos contra
jornalistas, blogueiros e a forma como seus seguidores tratavam aqueles que não
comungavam de sua opinião eram apenas um indício de como deve ser a Dinastia de
Dino.
A maioria do staff indicado
pelo futuro governador também sofre da obesidade mórbida de suas vaidades. Não
bastasse o Palácio ser dos Leões, agora também será dos pavões. Se juiz não é
Deus, aqui teremos um “professor de Deus” no comando do Executivo estadual.
Esta antiga alcunha do governador eleito, “professor de Deus”, não foi dada
exatamente em referência à sua modéstia e ao trato delicado com os desprovidos.
Do Blog Camarão Seco
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É a velha história: a corda só arrebenta do lado mais fraco,eita justiça vergonhosa é essa brasileira, puta que pariu.
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