Câmara aprova texto principal do projeto que regulamenta terceirização
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Proposta regulamenta a
contratação de terceiros em todas as atividades, sem restrições. Destaques
poderão ser apresentados até terça-feira (14).
O projeto que regulamenta a
terceirização foi aprovado no plenário da Câmara dos Deputados. A negociação
começou cedo.
O relator Arthur Maia, do
Solidariedade, passou o dia em reuniões para fechar o texto. Ouviu do
secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, o pedido para que o projeto não
reduza a arrecadação.
“Eu quero fazer com que o
projeto não traga para o governo sequer a preocupação de que possa haver uma
diminuição de receita, agora, é claro, não podemos fazer isso à custa de um
aumento de tributos, isso nós não vamos permitir”, afirmou Arthur Maia.
Continua...
Na terça-feira (7) o
plenário da Câmara aprovou o pedido de urgência em meio a muito bate-boca. O
projeto regulamenta a contratação de terceiros em todas as atividades, sem
restrições. Mas a empresa terceirizada só poderá oferecer um único serviço, no
qual seja especializada. A empresa contratante terá obrigação de fiscalizar o
pagamento dos direitos trabalhistas dos funcionários, e de recolher ao governo
encargos e tributos, como INSS e PIS.
Nesta quarta-feira (8) a Central Única dos Trabalhadores voltou a se
manifestar contra o projeto. A CUT recorreu ao Supremo Tribunal Federal para
manter o direito de acompanhar a votação das galerias.
O vice-líder do PT é contra
o projeto porque, segundo ele, pode estimular o crescimento desenfreado de
trabalhadores terceirizados.
“Nós somos frontalmente
contrários porque a consequência da aprovação desse projeto vai ser a demissão
dos trabalhadores que são empregados diretos das empresas para serem recontratados
através de empresas terceirizadas, diminuindo seus direitos e os seus
salários”, disse Alessandro Molon.
Quem defende o projeto, diz
o contrário: que a regulamentação dará mais segurança para os trabalhadores.
“Ao aprovarmos uma lei, nós
vamos regulamentar esse setor. Então acabaremos com a precarização, e vamos dar
condições para esses trabalhadores de terem sindicatos representativos,
atuantes, e garantias de seus direitos, garantia de saúde, higiene, medicina do
trabalho”, disse Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos
Brasileiros.
“É um bom projeto para que o
Brasil avance, avance e faça com que a iniciativa privada, que dá resposta ao
Brasil para sua economia melhorar, possa trabalhar com mais eficiência e com
garantia aos seus funcionários”, disse o deputado Nilson Leitão, vice-líder do
PSDB.
O texto principal do projeto
que regulamenta a terceirização foi aprovado simbolicamente. O resultado foi
confirmado por votação nominal, no painel.
Mais cedo o PT tentou adiar
a votação, mas foi derrotado no plenário. O vice-lider do PT, deputado
Alessandro Molon, apresentou um mandado de segurança no Supremo Tribunal
Federal, alegando que existe uma medida provisória que deveria ter sido votada
antes, mas o Supremo ainda não havia dado resposta.
Os destaques, ou seja, os
pedidos de mudança ao texto, poderão ser apresentados até a próxima terça-feira
(14) e, em seguida, votados.
Fonte: JN – Vídeo Aqui!!!
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