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Vale a pena assistir de novo
“Para entrar no Tribunal de Contas tem que ter um notório saber e reputação ilibada! isso é uma reputação ilibada? Corrupção passiva, formação de quadrilha? Nesta Casta, nesta mesa tem pedido de cassação contra ele feito pelo corregedor e que nunca foi analisada; e ele veio com cinismo e se lança (candidato ao TCE), que se lança da ponte Rio Niterói! Na cara da gente como se não soubéssemos, como se não houvéssemos uma denúncia em primeira página conta ele na Revista Isto É, na Revista Veja. Trouxemos a mulher dele para depois e depois ele e ele disse que não tinha nada haver trouxemos, o acusado e ele disse que pagava passagem todos os anos para ele e a família dele passear nos Estados Unidos. O TCE de hoje merece que sai um canalha para entrar outro não vão notar sequer à diferença, a não ser a diferença física; a corrupção neste pai está no DNA das pessoas. Aqui neste plenário eles riem, brincam, quanto mais ladrão, mais querido, mais simpático. O outro candidato é tão bandido quanto ele”, fragmentos do discurso de Cidinha Campos, indignado.
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Um discurso que traduziu a indignação com a roubalheira

Na tarde de 24 de março, a deputada estadual Cidinha Campos (PDT-RJ) subiu correndo a escadaria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para chegar a tempo de, aproveitando um debate sobre a produção de leite, denunciar os adultos que “mamam”. Num veemente discurso de sete minutos, a parlamentar protestou contra a candidatura do colega José Nader Junior (PTB) a uma vaga no Tribunal de Contas do Estado. Cidinha qualificou-o de corrupto e estendeu a acusação ao pai, também ex-deputado e ex-conselheiro do TCE.

Em 9 de abril, 16 dias depois do libelo de Cidinha, a Mesa Diretora considerou José Nader Junior inabilitado para concorrer à vaga de conselheiro do TCE. “Foi um discurso que teve resposta”, anima-se a deputada. O recurso apresentado por José Nader foi rejeitado pelo plenário.

O deputado Luiz Paulo (PSDB), corregedor da Alerj, recomendou a abertura de processo de cassação contra Nader. Na sexta-feira passada, o relatório da corregedoria foi apreciado pela Mesa Diretora da Assembleia. Compareceram apenas 8 dos 13 integrantes. Quatro votaram pela aceitação do processo, quatro votaram contra. O presidente  Jorge Picciani  (PMDB) desempatou a favor do parecer da corregedoria. Em 60 dias, o Conselho de Ética decidirá se o caso será ou não objeto de votação no plenário.

O futuro de Nader é incerto. O discurso de Cidinha Campos já se transformou numa peça histórica. Daqui a muitos anos, continuará ajudando a entender o Brasil da Era da Mediocridade.

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