A agonia de Totonho
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Por Dr. Allan Roberto
Desde a publicação da decisão do juiz Marco Adriano da 1ª
Vara da Comarca de Pedreiras no último dia 29/07 ao afastar por 180 dias o
prefeito local Totonho Chicote e determinar a imediata posse da vice-prefeita
Fátima Vieira, que foi empossada ontem pela Câmara Municipal, que seus
correligionários alardeiam que o prefeito retornaria ao cargo em questão de
horas ou dias e que não daria nem tempo da atual prefeita em exercício ser
empossada ou esquentar a cadeira número 01 do município. Para tanto espalham
estórias de acertos políticos e até financeiros com desembargadores, entre
outras heresias mais.
Porém o prefeito afastado está no seu legítimo direito de
recorrer da decisão da primeira instância como garante o ordenamento jurídico
brasileiro. E assim ele o fez. Mas antes ele tentou reverter a decisão que o
afasta com o desembargador de plantão no último final de semana no Tribunal de
Justiça do Estado do Maranhão-TJ, Dr. Froes Sobrinho, que foi enfático em dizer
que não ia alterar a decisão do juiz de base, já que na mesma estaria
suficientemente comprovada a lesão ao erário público. Desta forma, a assessoria
jurídica de Totonho nem protocolou o agravo à decisão do juiz Marco Adriano.
Esperou a mudança de turno do plantão.
A esperança seguinte seria o desembargador de plantão que
assumiria na segunda-feira, dia 03 do corrente. Aí então mesmo que diminuiu a
esperança do prefeito afastado, pois o processo seria distribuído ao Dr. Kléber
Carvalho, o mesmo que negou a suspensão da decisão do juiz de Pedreiras na
questão do bloqueio e indisponibilidade dos bens do prefeito proferida numa
decisão anterior do juiz da Comarca pedreirense e, portanto, tornou-se o relator
do processo no TJ. Em sua decisão o Desembargador Kleber proferiu que os autos
estavam muito bem instruídos, a decisão do juiz estava muito bem fundamentada e
ele mesmo, desembargador, ao analisar os autos se convencera de sérios indícios
de improbidade e então indeferia o pedido do prefeito. Claro estava ao prefeito
que por esse desembargador não seria o caminho viável ao retorno do comando do
município.
Continua...
Decidiu então a assessoria jurídica do prefeito afastado
protocolar na Presidência do Tribunal de Justiça um recurso denominado
Suspensão de Liminar, que está concluso para a decisão da Presidente do TJ
Cleonice Freire a qualquer momento decidir pelo seu retorno ou não ao cargo.
Agora é esperar a decisão da Presidente. E a população de Pedreiras espera
ansiosamente a definição desse imbróglio jurídico.
Considerando que numa pesquisa recente 87% da população
pedreirense se mostrou favorável ao afastamento do prefeito e nesse momento em
que o país assiste a forte atuação do juiz Federal Sérgio Moro no escândalo
denominado “Petrolão”, em que os donos das maiores fortunas do país e políticos
de grande poder nacionalmente já foram e continuam sendo presos por desvios de
erário público, sem esquecer a forte atuação do Conselho Nacional de
Justiça-CNJ em moralizar e aperfeiçoar o Poder Judiciário do país, a população
de Pedreiras demonstra confiar plenamente na responsabilidade e na seriedade da
Desembargadora Cleonice Freire, assim como já se pronunciaram os
Desembargadores Froes Sobrinho e Kléber Carvalho.
3 Comentários
Aí só volta se for através das velhas práticas que eu creio estão morrendo nesse país.
ResponderExcluirperdeu playboy
ResponderExcluirPerdeu playboy
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