Redução da maioridade penal é aprovada em 2° turno
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Os caminhos começaram a se
estreitar para aqueles que achavam que a Proposta de Emenda à Constituição que
reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, fosse demorar tanto a percorrer os
trâmites em Brasília. No fim da noite desta quarta-feira (19), o plenário da
Câmara dos Deputados aprovou a PEC que obteve 320 votos a favor e 152 contra.
De acordo com o texto
aprovado ontem, a maioridade será reduzida nos casos de crimes hediondos – como
estupro e latrocínio – e também para homicídio doloso e lesão corporal seguida
de morte. A PEC excluiu da proposta inicialmente rejeitada pelo Plenário, os
crimes de tráfico de drogas, tortura, terrorismo, lesão corporal grave e roubo
qualificado.
Pela
emenda aprovada, os jovens de 16 e 17 anos deverão cumprir a pena em estabelecimento
separado dos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e dos maiores de
18 anos.
Continua...
Agora a matéria segue para o
Senado e sendo aprovada também poderá ser promulgada, sem necessidade de ser
sancionada pela presidente Dilma
Rousseff.
Mesmo aprovada, a PEC polêmica
continua dividindo opiniões entre quem defende e quem não apoia. A própria
presidente Dilma se posicionou contra a redução da maioridade penal afirmando
há meses atrás que ‘Não é solução’. Segundo ela, os adolescentes não são responsáveis
por grande parte da violência praticada no país. Mas os dados contestam
exatamente no tipo de crime a que serão condenados, os hediondos.
Uma grande parcela de jovens
do país matam, roubam e cometem verdadeiras barbáries, como os menores acusados
e condenados por um estupro coletivo no Piauí ocorrido no mês de maio. O crime
chocou à todos pela crueldade e violência com que foi praticado e que culminou
na morte de dois jovens.
Na Região Metropolitana de
São Luís, por exemplo, vários latrocínios tiveram autoria ou participação de
menores de idade que continuam impunes. E a população fica revoltada com o
‘nada acontece’.
O certo é que para muitos
reduzir a maioridade penal pode não significar redução da violência, mas ao que
parece, é que a grande maioria pensa exatamente o contrário.
Fonte: Blog do Minard
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