Comissão de Segurança avalia circunstâncias da prisão do prefeito de Mirinzal no dia das eleições
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A Comissão de Segurança da
Assembleia Legislativa, presidida pelo Deputado Fábio Macedo(PDT), realizou na manhã da ultima terça-feira (13),
uma reunião para tratar sobre o incidente na cidade de Mirinzal, no dia das
eleições municipais que resultou na prisão do prefeito Amaury Almeida. Para a reunião, foram convocados; o delegado
responsável pela prisão, Antônio Jorge
Santos e o procurador do município, Armstrong Lemos, que responderam aos
questionamentos dos demais deputados presentes, membros da comissão.
Fabio Macedo, Presidente da
Comissão de Segurança, disse que após a reunião e ouvidas todos as partes, os
membros da Comissão vão se reunir para dar um parecer sobre a situação e dar os
devidos encaminhamentos à justiça. "Convocamos a reunião por entender que
as circunstâncias da prisão do prefeito foram mal explicadas. Hoje, tivemos o
relato do delgado e da defesa, que tiveram amplo espaço para explicar o
ocorrido. O próximo passo agora será convidar o delegado geral da região de
Pinheiro, que também participou da ação para dar os devidos esclarecimentos.
Depois de todo esse processo, vamos reunir todos os membros da comissão para
dar um parecer",esclareceu o par lamentar.
De acordo com a defesa do
prefeito Amaury, que concorria à reeleição, a prisão foi feita de forma
injusta, tendo este, sofrido abuso de poder por parte do delegado. Além disso,
existe uma lei que assegura que 5 dias antes das eleições, nenhum eleitor pode
ser preso ou detido, a não ser em flagrante ou para cumprimento de sentença
criminal.
Continua...
A regra está prevista no artigo
236 do Código Eleitoral e tem como objetivo garantir o exercício do direito do
voto pelo maior número possível de pessoas sem ameaças ou pressões indevidas. O
artigo diz que "nenhuma autoridade poderá, desde 5 dias antes e até 48 horas
depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em
flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime
inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto".
Já o delegado Jorge Antônio,
afirmou que agiu, conforme dita a lei, atuando em flagrante o gestor Municipal
no dia das eleicoes pela acusação de tentativa de homicídio e lesão corporal. O
deputado Adriano Sarney, que
solicitou a reunião, afirmou que não tem dúvidas que se tratou de uma prisão
arbitrária.
“Não tenho nenhuma dúvida de que
foi uma prisão arbitrária. Inclusive, não foi realizado exame balístico, que é
essencial para comprovar se o prefeito Amaury Almeida realmente atirou. Foram
utilizadas quatro testemunhas. Uma delas é o delegado, interrogado na
audiência. Outra testemunha responde na Justiça por outros crimes. E outras
duas testemunhas afirmaram que o carro do prefeito Amaury já tinha passado do
local onde supostamente ocorreu o crime. Portanto, eu acredito que o prefeito
Amaury foi injustiçado. Acredito que a Justiça e o Governo do Estado têm de
reparar o dano ocorrido, tanto o prejuízo pessoal quanto político”,
declarou.
Assessoria Parlamentar.
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