Conselho Empresarial debate equilíbrio fiscal e economia do MA
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“Nosso diálogo com a classe empresarial é para que possamos esclarecer
que os ajustes foram necessários para que nossa economia continue em
manutenção, para que o Maranhão continue avançando, mantendo empregos e gerando
renda, em meio a esse cenário de recessão da economia que atinge todo o país”, disse
o secretário de Estado de Indústria e Comércio, Simplício Araújo.
Gestores do Governo e entidades empresariais durante diálogo sobre
medidas de equilíbrio
fiscal e manutenção da economia maranhense
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O Conselho Empresarial do Maranhão (Cema) realizou, na sexta-feira (16),
reunião extraordinária para discutir as medidas adotadas pelo Governo do Estado
para o equilíbrio fiscal, o que contribuirá para manutenção da economia
maranhense em 2017. Durante a reunião, gestores do Governo explanaram as
propostas do projeto de Lei Nº 223/16, recém-aprovado pela Assembleia Legislativa,
que modifica dispositivos da Lei nº 7.799/02, que dispõe sobre o Sistema
Tributário do Estado, para alterar as alíquotas do Imposto sobre a Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O ajuste de alíquotas vai garantir o equilíbrio das contas e reduzirá a
defasagem em relação a outros estados. Diferentemente de outras unidades da
federação, no Maranhão a adequação de ICMS em combustível, energia, fumo e
comunicação será branda e não irá onerar setores produtivos. Setores como
comércio e indústria não serão afetados.
O secretário de Estado da Fazenda, Marcellus Ribeiro, detalhou os
impactos da medida e demonstrou a necessidade do ajuste fiscal. “Foi um diálogo
extremamente proveitoso, porque podemos mostrar as razões da necessidade desse
ajuste fiscal, mostrar como ele acontece na prática e quais os produtos
impactados e em que medida. Isso não vai afetar e nem produzir uma retração
econômica maior do que o país já vive hoje, especialmente, não vai atingir o
setor empresarial, a indústria e o comércio”, explicou.
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Durante as discussões, as entidades de classe puderam tirar suas dúvidas
em relação às medidas adotadas pelo Executivo. “Nós entendemos perfeitamente,
depois que essas explicações foram dadas, a gente entende melhor as medidas. O
Maranhão está em uma posição ímpar, em relação à situação fiscal de outros
estados, está conseguindo manter seus compromissos em dia, sua folha de salários
em dia, então eventuais aumentos de impostos são pontuais, creio que são
perfeitamente compreensíveis e dirigíveis até certo ponto, desde que não afetem
de mais a atividade econômica”, destacou o conselheiro fiscal da Federação das
Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Luiz Remmer.
Pagamentos em dia
O Maranhão é um dos poucos estados do país que está com a folha de
pagamento dos servidores estaduais em dia, e que pagou o décimo terceiro
salário. Medidas, que de acordo com o secretário chefe da Casa Civil, Marcelo
Tavares, contribuem para que, em 2017, o Governo continue cumprindo com seus
compromissos, preservando a economia do Maranhão.
“Esse aumento que foi proposto à Assembleia e que está aprovou, garante
a efetividade de todos os pagamentos do Estado durante o ano de 2017 em relação
aos servidores, o que garante a normalidade na economia maranhense. Quando o
Estado quebra, como o caso do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul,
todo o empresariado sente logo, ocorre um completo desmantelo na economia e
isso nós conseguimos evitar no Maranhão com essa medida”, esclareceu Marcelo
Tavares.
A presidente da Associação Comercial do Maranhão, Luzia Rezende, afirmou
que a reunião foi importante para dirimir dúvidas. “A gente até entende que foi
necessária. Porém, sabemos que a medida não é simpática. Dentro dessa reunião,
recebemos as explicações sobre como será esse processo. Devido ao momento da
economia em que estamos vivendo, o problema dos ajustes fiscais é que estão
acontecendo não só em nível estadual, mas nacional também”, relatou a
presidente da Associação Comercial do Maranhão, Luzia Rezende.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São Luís,
Fábio Ribeiro, a medida terá impactos positivos no futuro. “Quando a gente senta,
com dialogo, e a gente vê a necessidade que o país atravessa, com o Fundo de
Participação sendo diminuído, afetando a arrecadação do Estado, e para que não
haja essa consequência como no Rio de Janeiro, como no Rio Grande do Sul, isso
vem a favorecer lá na frente o Maranhão. Não podemos pensar só agora, e sim
como o Estado estará lá na frente”, comentou.
Recentemente, o Maranhão recebeu do Tesouro Nacional a classificação de
estado ‘bom pagador’ por sua boa situação fiscal, diante da atual situação de
atrasos, parcelamento de pagamentos e congelamento de contratações que atingem
servidores de mais da metade dos estados brasileiros.
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