Hildo Rocha diz que PLP-257 aprovado pelo senado massacra os servidores públicos
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O deputado federal Hildo Rocha (PMDB/MA) fez ásperas
críticas ao Substitutivo do Senado ao PLP-257, iniciativa que estabelece o
plano de auxílio aos estados e ao distrito federal e medidas de estímulo ao
reequilíbrio fiscal. Rocha disse que o senado não levou em consideração que o
texto proposto pela Câmara havia sido debatido e negociado com representantes
de diversas entidades dos servidores públicos. “Em vez de melhorar a proposta
que fizemos na Câmara Federal, o Senado conseguiu fazer do projeto um monstro
que vai acabar com diversos serviços públicos nos municípios e nos estados
brasileiros”, destacou o parlamentar.
Crueldade
O deputado enfatizou que as os
prejuízos provocados pela PLP-257 serão extensivos aos servidores públicos. “O
texto que o senado aprovou prejudica, de uma maneira cruel, os servidores
públicos estaduais e municipais. Portanto, o PLP 257 não tem como ser aprovado
nesta casa porque não somos nós, deputados e deputadas federais, que vamos
colocar a guilhotina na cabeça dos servidores públicos estaduais. Não se faz
serviço público só com computador. Por trás das máquinas administrativas é
indispensável a presença de servidores”, argumentou Rocha.
Judiciário inviabilizado
Rocha chamou a atenção para o
enquadramento de serviços terceirizados na categoria de despesas de pessoal. “Caso
o texto seja aprovado (na nova votação a que será submetido no plenário da
Câmara) as atividades do poder judiciário e do Ministério Público ficarão
inviabilizadas”, alertou o deputado.
Ainda de acordo com Hildo Rocha,
não é a primeira vez que o parlamento brasileiro elabora leis que podem
prejudicar o funcionamento do Ministério Público, do poder judiciário e dos
tribunais de contas. “A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que
passou a vigorar no ano de 2000, já queria dificultar o trabalho dessas
instituições”, argumentou.
Governadores oportunistas
O parlamentar criticou ainda
governadores que estão tentando pegar carona no PLP -257 para fugir das suas
responsabilidades. “Não vamos nos curvar aos caprichos de alguns governadores que não tem
coragem de enfrentar os seus problemas de frente, junto com os deputados
estaduais. Não podemos colocar em risco a eficácia dos serviços públicos nem
prejudicar os servidores e as instituições brasileiras”, enfatizou
Rocha.
Previdências estaduais
Segundo o deputado, a proposta
aprovada no senado parte do pressuposto de que todos os estados brasileiros se
encontram em condições de igualdade, no que se refere ao desequilíbrio fiscal. “Essa
é uma interpretação equivocada. O Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro estão em
crise. Mas, o Maranhão, por exemplo, não tem crise e o seu regime
previdenciário é superavitário”, observou o parlamentar.
Rocha disse que a aprovação da
proposta poderá abrir precedentes para o aumento desnecessário da alíquota que
os servidores maranhenses pagam para a previdência estadual. “A
previdência estadual do Maranhão é superavitária. Não precisa sair de 11%,
alíquota cobrada atualmente para 14%, conforme prevê o texto aprovado no
Senado”, explicou.
Assessoria.
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