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A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, aprovou o Projeto de Lei 7108/2017 do deputado Hildo Rocha que prevê a utilização de água do mar nas descargas sanitárias residenciais e comerciais de cidades litorâneas. Rocha enfatizou que o projeto apresenta duas vantagens essenciais: redução de custos para os usuários e ganhos para o meio ambiente.

“A utilização de água potável nas descargas sanitárias representa um desperdício de aproximadamente 30% de um produto precioso e cada vez mais escasso na natureza. A água que abastece São Luis, a capital do Maranhão, é captada no Rio Itapecuru, há quase 80 quilômetros de distância. Isso faz com que o custo seja muito alto”, justificou Rocha.

Exemplo da China
O parlamentar disse que por meio de literatura referente ao aproveitamento de água do mar para abastecimento residencial e comercial encontrou referências acerca do sistema utilizado em Hong Kong, cidade chinesa que tem o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo.
“Em Hong Kong, que possui população de aproximadamente sete milhões de habitantes, já se utiliza água do mar há cinquenta anos. Todos os prédios residenciais e comerciais utilizam água do mar nas descargas sanitárias. Isso faz com que haja uma economia de pelo menos 30%, no uso de água potável nas residências e de aproximadamente 70% nos shoppings, universidades e demais atividades econômicas”, argumentou Hildo Rocha.

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Economia

De acordo com o deputado, o custo com a energia elétrica usada para o fornecimento de água do mar para uso de descargas sanitárias tem uma redução de aproximadamente 50% em ralação aos custos com a captação e bombeamento de água doce. “O custo, por cada dez mil litros de água entregue nas residências, é de R$ 0,8 centavos. Portanto, esse é um fator que favorece muito a utilização da água do mar nas residências, no comércio e organizações prestadoras de serviços.”

Além de ser o autor do projeto, Rocha apresentou requerimento à mesa diretora da Câmara solicitando que membros da Comissão de Desenvolvimento Urbano fossem à China para conhecer in loco o sistema utilizado na cidade de Hong Kong. “Pudemos constatar que o uso de água do mar é bastante viável para ser utilizado também nas cidades localizadas no litoral brasileiro, pois vamos economizar agua potável e energia elétrica, ambas finitas e já escassas”, destacou Hildo Rocha.
 Assessoria. 
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