É preciso ouvir o povo antes de votar as reformas afirma Weverton Rocha
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Em poucos dias retomaremos
os trabalhos no Congresso Nacional. E temos pela frente um ano com muitos
desafios. A pauta, logo nesse primeiro semestre tem pelos menos dois assuntos
de grande relevância para os cidadãos: a reforma da Previdência e as alterações
na reforma trabalhista, enviadas por meio de Medida Provisória pelo presidente
Michel Temer.
O ano passado terminou com
uma derrota do governo, que não conseguiu pautar para votação a reforma da
Previdência. Mas naquele momento eu já dizia que era preciso estar vigilante,
pois está a serviço de um projeto liberal, que visa sobretudo ao enxugamento do
Estado para favorecer as grandes empresas e os especuladores internacionais e
não desistirá fácil. Sem ter sido eleito pelo povo e sem perspectiva de passar
pelo pela avaliação das urnas, ele pressiona sua base de parlamentares e tenta
de todas as formas aprovar, sem grandes discussões, mudanças nas regras de
aposentadoria que prejudicarão principalmente a população mais pobre.
Continua...
No momento, o governo, como
um todo, e o presidente Michel Temer, em especial, estão empenhados, com o
apoio da grande mídia em convencer a população que a reforma da Previdência
prejudicará apenas os mais favorecidos. Não é verdade. Quem ganha mais tem mais
alternativas de guardar recursos para um futuro de aposentadoria. O grande
penalizado é o trabalhador que ganha menos, começa mais cedo a trabalhar e
passa mais por situações de desemprego, quando não consegue recolher
contribuição previdenciária. Se a reforma for aprovada, são os mais pobres que
estarão condenados a passar uma vida inteira trabalhando, sem direito a descanso.
É mais um golpe contra o
trabalhador que já teve seus direitos ceifados com a reforma trabalhista,
aprovada no ano passado. De tão injusta, ela já enfrente problemas reconhecidos
pelo próprio governo, que enviou uma medida provisória para corrigir erros no
texto sobre a jornada de 12 X 36 e a contratação de autônomos. A MP não
resolve, no entanto, distorções como o enfraquecimento da Justiça Trabalhista
ou a criação de um subemprego, disfarçado de trabalho intermitente, que ao
arrepio da nossa Constituição permite que um trabalhador ganhe menos que o
salário mínimo por mês.
Não há justificativa para
que assuntos que impactam tanto na vida do brasileiro sejam discutidos a
aprovados de afogadilho. O correto, defendo desde o início, seria esperar até o
resultado das próximas eleições, quando os eleitores terão escolhidos seus
representantes sabendo como se posicionam sobre as reformas. Qualquer tentativa
de tratar disso agora é uma demonstração clara de que o governo não se importa
com o que o povo quer.
Deixei a liderança do PDT em
dezembro. Mas continuo tento voz ativa no meu partido e na Câmara dos
Deputados. Usarei essa voz até o limite, e depois além dele, para defender o
trabalhador e lutar para que a reforma da Previdência não seja aprovada. O povo
é o soberano e manifestará sua soberania nas urnas. Devemos ouvi-la primeiro,
para então entender o que o povo brasileiro quer para o Brasil, disse Weverton
Rocha.
2 Comentários
GENERAL MOURÃO PARA PRESIDENTE DO BRASIL OU ESTAMOS LASCADOS. SÓ TEM PARASITAS DO DINHEIRO PÚBLICO. TROUXA QUEM VOTAR NESSES VERMES PARASITAS PUTAS POLITICOS.
ResponderExcluirTá chegando a temporada de caça aos pobres
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