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O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe em reunião com outros membros do governo em Tóquio

Depois de muitos pedidos e revolta de atletas pela demora de um posicionamento do Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio em meio à pandemia de coronavírus, o governo japonês e a entidade entraram em acordo para adiar a Olimpíada e a Paraolimpíada. A cerimônia de abertura olímpica estava marcada para o dia 24 de julho, enquanto o evento paraolímpico começaria em 25 de agosto. Uma nova data de abertura ainda não foi definida, mas o anúncio, feito hoje (24) após videoconferência entre as autoridades japonesas e membros do COI, fala em 2021.

Essa é a primeira vez na história dos Jogos Olímpicos de verão que o evento é adiado. Em outras ocasiões, por causa das duas Guerras Mundiais, a competição foi cancelada: 1916, 1940 e 1944. Em 1940, inclusive, os Jogos estavam marcados para Tóquio. Os Jogos Olímpicos de inverno, porém, já passaram por isso: nos anos 1990, o COI adiou o evento de 1992 para 1994, para evitar dois grandes eventos no mesmo ano — as duas Olimpíadas eram realizadas no mesmo ano desde 1924.

Nem mesmo em meio a acontecimentos graves o evento parou. Em 1972, por exemplo, os Jogos de Munique seguiram apesar do atentado que matou 11 membros da delegação israelense dentro da Vila Olímpica alemã. Em 1996, um atentado à bomba em Atlanta matou duas pessoas e feriu 100, mas as Olimpíadas foram concluídas nos EUA.

"O prejuízo será imenso, não só aos atletas como aos organizadores, os patrocinadores, mas foi uma decisão sábia, calculada. A gente sabe que se os Jogos fossem agora em julho seria uma catástrofe", afirmou o ex-jogador de vôlei e membro do COI Bernard Rajzman. "Diversas desigualdades aconteceriam, injustiças inclusive. Cada continente está num ciclo em relação ao vírus. Na Ásia já está passando. No Brasil, por exemplo, o ciclo está chegando com maior força."

O medalhista olímpico (prata em Los Angeles-1984) também afirma que a Olimpíada será realizada na metrópole japonesa "no máximo até o verão de 2021" —novamente em referência à estação no Hemisfério Norte.

Fonte - UOL
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