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Em pronunciamento na tribuna da Câmara, o deputado federal Hildo Rocha destacou a importância do trabalho realizado pelas comunidades terapêuticas no resgate e na recuperação de dependentes químicos no País, em especial no Estado do Maranhão.

O parlamentar ressaltou que milhares de famílias sofrem com este grave problema, que afeta não somente os jovens, mas também todas as faixas etárias e todos os níveis sociais. Rocha destacou estatísticas que revelam a complexidade do tema.

“O Brasil ocupa a primeira colocação mundial no consumo de crack e a segunda posição no consumo de cocaína. O mercado de drogas é um dos que mais cresce, fazendo vítimas em todo o País e aumentando as estatísticas da criminalidade. As cracolândias refletem o caos social decorrente da drogadição. Dados oficiais mostram que, no mundo, o problema afeta aproximadamente 275 milhões de usuários, e, no Brasil, mais de 1,7 milhão de usuários. Trata-se de um dos principais problemas de saúde pública no mundo inteiro”, enfatizou.

Trabalho louvável

Hildo Rocha disse que as comunidades terapêuticas realizam um trabalho louvável, exercido de forma voluntária e espontânea, um trabalho que, além de acolher dependentes químicos, os retira das ruas e os aproxima de Deus, na esperança de cura e de superação, tendo em vista a ligação destas entidades com as comunidades religiosas.

“No Brasil, são mais de 8 mil vagas para o tratamento. Somente no Estado do Maranhão, mais de 2 mil pessoas são acolhidas — 800 delas apenas no sul do Maranhão — nas comunidades filiadas à Federação Nacional das Comunidades Terapêuticas (FENACT), presidida pelo Sr. Célio Barbosa, um baluarte na luta contra as drogas e em defesa das comunidades terapêuticas do Brasil”, comentou o parlamentar.

Modelo brasileiro de acolhimento é exemplo para outros países

O deputado enfatizou que o modo de trabalho praticado no Brasil é referência para outros países.

“Nós temos, por exemplo, a Casa de Davi, em Imperatriz, no sul do Maranhão, que é presidida pelo Pastor Advando Júnior, embaixador, pela FENACT, para as políticas sobre drogas nos Estados Unidos, onde desenvolve um projeto modelo de prevenção e de combate às drogas. Dados oficiais mostram que, nos Estados Unidos da América, mais de 200 americanos morrem por dia de overdose”, declarou.

Recursos financeiros aprovados pelo Congresso Nacional

Hildo Rocha lembrou que o Congresso Nacional votou favoravelmente ao orçamento da Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas — SENAPRED, com a aprovação de 281.763.455 reais, o mínimo necessário para que os contratos com as comunidades terapêuticas constantes do Edital nº 17, de 2019, possam ser pagos e possam ser contratadas as vagas restantes, no total de 7.650 vagas para 22.950 famílias, por ano, espalhadas por todo o Brasil.

Entretanto, houve um veto que forçou o corte de R$ 66 milhões e 200 mil reais.

“Esse veto não só impede que 22.950 pessoas sejam acolhidas para a recuperação da dependência química, como também inviabiliza ações de prevenção, de reinserção social, de apoio e de mútua ajuda, potencializando, desta forma, o problema”, alertou Hildo Rocha.

Solidariedade

O parlamentar destacou que um país que não investe em prevenção está fadado a acolher cada vez mais usuários abusivos e dependentes químicos, o que tem, como consequência, o aumento da violência, especialmente contra mulheres e crianças.

“Reconhecer, destacar e apoiar, na Câmara dos Deputados, a Casa do Povo brasileiro, o trabalho voluntário destas pessoas é, além de um ato de solidariedade com esta causa, uma forma de possibilitar que elas tenham suas reivindicações atendidas pelo Governo Federal. Por isso, aqui ficam minha solidariedade e meu apoio a todas as comunidades terapêuticas do Brasil e às famílias de dependentes químicos por elas assistidas”, sublinhou Hildo Rocha.


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