Compartilhe essa Notícia:

Segundo a população, a unidade foi derrubada porque estava sendo construída por cima de material inadequado. A Prefeitura de Bacuri afirmou que os atos de ‘vandalismo’ não serão tolerados e que já registrou um Boletim de Ocorrência contra os responsáveis.

Moradores da cidade de Bacuri, a 520 km de São Luís, derrubaram uma escolas municipal, nessa terça 2/08 e quarta-feira 3/08, na zona rural do município, e demoliram parte de outra unidade escolar na região.

Populares relataram que a Unidade de Ensino Miguel Nery, que fica localizada no povoado São Paulo e é destinada aos anos iniciais do ensino fundamental e Educação de Jovens Adultos (EJA), foi totalmente derrubada pelos moradores, pois, estava sendo construída por cima de material inadequado, o que colocaria em risco a vida dos alunos e funcionários da escola.

“A população derrubou porque a obra está há mais de 50 anos que eras feita e eles só tiraram o reboco e estavam metendo outro reboco. Aí a população se revoltou contra isso e botou embaixo. Em vez de meterem uns pilares, umas vigas, mas não meteram, só estavam rebocando de volta e já iam botar em cima e as paredes estavam todas rachando. Aí a população se revoltou e botou tudo embaixo”, relatou Inácio Cheppp, que é morador da cidade.

Já a Unidade de Ensino Tancredo Neves, localizada no Povoado Madragoa que, também, oferece aulas para os anos iniciais do ensino fundamental e Educação de Jovens Adultos (EJA), teve uma parede derrubada pela população. A outra parte da escola foi demolida pela prefeitura, que teria sido pressionada pelos moradores.

A Prefeitura de Bacuri declarou, por meio de nota, que na escola Tancredo Neves já existe um projeto de engenharia para a reconstrução da escola, o qual está sendo executado pela administração municipal, para que a mesma fosse viabilizada.

"Nossa equipe procedeu com a sua demolição, não havendo ação por parte da população para a derrubada da escola municipal no Povoado Madragoa, muito embora tenha sido erroneamente noticiado dessa forma por um grupo de pessoas interligadas por interesse político-partidário", afirma a nota.

Em relação à escola Miguel Nery, a Prefeitura admitiu que ela foi totalmente demolida por populares, afirmando haver interesses políticos por trás da ação popular.

"O mesmo pequeno grupo de pessoas interligadas por interesse político-partidário convocou a população do Povoado São Paulo, de forma ardilosa, para efetivamente demolir a escola Miguel Nery que estava sendo reconstruída, o que realmente fizeram neste dia 3 de agosto do corrente ano. Demoliram a escola de forma irresponsável, sem sequer procurar a Prefeitura Municipal para reivindicar o que quer que seja, tampouco não se basearam em nenhum laudo técnico pericial de profissional especializado para lastrear a vândala ação a que pretendem conferir legitimidade e legalidade", declarou a Prefeitura.

Já moradores do local afirmam que a demolição se deu por causa da obra inadequada que estava sendo realizada pela Prefeitura.

“Acontece que aqui no município de Bacuri estão sendo construídas escolas por cima de materiais velhos, por cima de escolas antigas, que a gente chama de adubo, que é de feita de barro. Então estão colocando tijolos por cima disso. O que é um grande perigo. Aí a população se revoltou porque o município recebeu milhões para construir e reconstruir escolas e, pelo visto, não estão construindo, reconstruindo escolas de maneira digna, com segurança”, relata o morador da cidade, Erick Pimenta.

As aulas municipais do segundo semestre já tiveram início na cidade, sendo que os alunos das duas escolas, que estavam em reforma, foram colocados em outra unidade de ensino que, segundo Erick Pimenta, também está sendo ameaçada pela população de ser derrubada, caso a Prefeitura de Bacuri não se manifeste sobre a situação precária das escolas municipais.

“Está tendo um outro tumulto, porque já quero derrubar a terceira escola. Tudo por conta disso, porque já houve uma tragédia em 2014, que matou oito estudantes aqui em Bacuri. Para ter mais outra, a população não aguenta. Então houve essa revolta, ainda está sendo revoltante para a população, porque o até o momento o secretário de Educação não tem se manifestado”, afirma o morador.

A Polícia Militar do Maranhão esteve no local para acompanhar o ato dos moradores, mas não houve nenhum tipo de ação para conter a população.

A Prefeitura de Bacuri afirmou, também, que todas as obras da Administração Municipal obedecem a projetos específicos de engenharia e são desenvolvidas rigorosamente de acordo com esses projetos, sendo feito o controle de qualidade em todas as etapas de construção, inclusive com o acompanhamento do engenheiro responsável por cada obra.

A prefeitura disse, ainda, que os atos de ‘vandalismo’ não serão tolerados e que já registrou um Boletim de Ocorrência contra os responsáveis.

“A prefeitura de Bacuri, não vai tolerar estes atos de vandalismo e destruição do patrimônio público, já registramos a Ocorrência Policial e todos os responsáveis serão identificados e responderão nas esferas administrativa, civil e penal”.


 

⬇️⬇️ COMENTE AQUI ⬇️⬇️

10 Comentários

  1. Quando o povo se uni e se revolta não tem quem segure a fúria

    ResponderExcluir
  2. Irruuuuuuh! Bota moral mesmo, eles tem que entender que quem manda é o povo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Unica coisa que fizeram foi piorar mais ainda a situação

      Excluir
  3. Eles acham que o povo é besta só pode, acho é pouco

    ResponderExcluir
  4. Tem que derrubar a prefeitura também pra fazer a revolta completa

    ResponderExcluir
  5. Tome!! Cadê o dinheiro!? Parabéns população, mostrem a força de vcs

    ResponderExcluir
  6. Agora ficaram sem nada

    ResponderExcluir
  7. O protesto em si é uma assunção da desonestidade dessas pessoas. Reagem do mesmo modo que reagirá quem tiver a posse de um bem retirada por eles mesmos. A diferença é que eles não detém a propriedade do bem e as pessoas de quem eles roubam, sim. Faço com os outros o que não gosto que façam comigo.

    ResponderExcluir