Grupo que saiu vencedor nas eleições em Bacabal começa a se esbagaçar por causa da presidência da Câmara

A aparente tranquilidade pós-eleitoral em Bacabal não durou nem dez dias. O grupo político que saiu vitorioso nas eleições do último dia 6, liderado pelo atual prefeito Edvan Brandão e pelo prefeito eleito Roberto Costa, já está rachado por conta de uma disputa interna que promete sacudir o cenário político local até o início de 2025.

O atual embate gira em torno da presidência da Câmara Municipal. Enquanto Roberto Costa, que venceu a eleição ao lado de Edvan, apoia a candidatura do vereador João Alberto, Edvan Brandão, por sua vez, quer ver seu sobrinho, Paulo Brandão, no comando do Legislativo. A situação ficou ainda mais tensa, pois Edvan foi um dos maiores aliados de Roberto na campanha, e agora, ambos se encontram em lados opostos nessa disputa pelo controle da Câmara.

A briga interna já está esquentando os bastidores políticos, e isso tudo antes mesmo do inverno político se intensificar. A eleição para a presidência da Câmara só acontece no dia 1º de janeiro de 2025, mas a tensão já está fervendo em pleno outubro. Os interesses familiares e políticos estão em jogo, e, ao que tudo indica, a harmonia que os uniu nas eleições pode estar com os dias contados.

O que deveria ser uma transição suave e tranquila de poder, com os dois liderando juntos, agora ameaça se transformar em um palco de conflitos que pode desestabilizar o grupo que venceu nas urnas. Se essa divisão continuar, a situação vai deixar marcas na política de Bacabal e pode enfraquecer a base de apoio do futuro governo.

Mais pimenta no caldeirão: o peso da oposição

E a coisa pode esquentar ainda mais. Com essa divisão, os três votos dos vereadores da oposição, liderados pelo grupo de Marcos Miranda, ganham um valor estratégico. Tanto Edvan quanto Roberto terão que correr atrás desses votos, caso não consigam entrar em um consenso. Se a divisão se confirmar e duas candidaturas forem lançadas, a oposição, que em tese estaria fora do jogo, pode se tornar o fiel da balança. Quem diria? Até a oposição, antes derrotada, agora tem a faca e o queijo nas mãos para influenciar essa eleição. Afinal, nesse cenário dividido, cada voto vai contar.