Vereador aliado do prefeito Roberto Costa expõe crise na base: nem os secretários querem ouvir os vereadores

A relação entre o prefeito Roberto Costa e os vereadores de sua base aliada na Câmara Municipal de Bacabal não anda nada boa. O descontentamento ficou evidente no pronunciamento do vereador Maninho, que usou a tribuna para relatar a verdadeira humilhação que tem passado ao tentar falar com Mayara, superintendente da Saúde do município.

Segundo Maninho, o prefeito havia prometido que os vereadores da base teriam acesso facilitado às secretarias municipais, garantindo que seriam recebidos para discutir demandas e interceder por suas comunidades. Mas, na prática, essa promessa não vem sendo cumprida, e o vereador é prova disso: passou 15 dias peregrinando atrás da superintendente Mayara e até agora não conseguiu sequer uma conversa. Sempre que a procura, funcionários informam que ela está no Materno, no Socorrão ou na UPA. Ele já foi a esses locais diversas vezes e, em uma ocasião, Mayara teria até fugido pela outra porta, mandando um vigia despachá-lo.

Mas a insatisfação da base aliada não se limita apenas a isso. Os vereadores reclamam que Roberto Costa não tem atendido suas reivindicações, nem mesmo as mais simples. Além disso, diferentemente de gestões passadas, em que os vereadores tinham tratamento diferenciado, com espaços de influência e nomeações para seus aliados, dessa vez não estão tendo cargos importantes na prefeitura. Antigamente, era comum que esposas, filhos e parentes próximos dos vereadores recebessem cargos estratégicos, mas com Roberto Costa, isso não está acontecendo, o que tem deixado a base cada vez mais insatisfeita.

Agora, para piorar, os próprios secretários e superintendentes evitam atender os vereadores, demonstrando o quanto a relação entre a gestão e a base aliada está desgastada. Para Maninho, a situação é vergonhosa: se um vereador tem que passar 15 dias se humilhando para tentar falar com uma servidora municipal, imagina o que a população enfrenta ao tentar ser ouvida pela prefeitura. O caso expõe a crise interna no governo de Roberto Costa, que já enfrenta dificuldades para manter sua base unida.