Julgamento do caso Luiz da Banha: Jorge, o caseiro, é condenado a mais de 29 anos de prisão

Jorge o caseiro

O julgamento do caso que apura o sequestro e assassinato do empresário e pecuarista Luiz Amorim Fernandes, mais conhecido como Luiz da Banha, teve um desdobramento significativo na terça-feira, dia 8 de julho. O caseiro Jorge da Costa, que trabalhava na propriedade da vítima, foi condenado a 29 anos, seis meses e quinze dias de prisão. A sentença foi proferida pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Bacabal.

De acordo com as investigações da polícia, o crime teria sido motivado pela descoberta, por parte da vítima, de que animais de sua fazenda estavam sendo vendidos sem sua autorização. O próprio Jorge, que acompanhava Luiz da Banha no momento do sequestro, teria participação direta no assassinato.

O crime ocorreu na manhã do dia 26 de março de 2022, quando Luiz foi abordado enquanto dirigia sua caminhonete em uma estrada vicinal de Bacabal. Inicialmente, Jorge relatou ter sido surpreendido por dois homens armados que teriam levado o empresário e o agredido. No entanto, com o avanço das investigações, contradições nos depoimentos do caseiro levantaram suspeitas, fazendo com que ele deixasse de ser apenas uma testemunha e passasse a ser investigado como um dos autores do crime.

Durante as primeiras etapas da apuração, dois trabalhadores — Deusanir Ferreira Lima e Antônio da Silva Filho — foram presos após serem apontados por Jorge como os executores do sequestro e da morte de Luiz da Banha. No entanto, diligências posteriores demonstraram que os dois estavam em outro local no momento do crime. Com isso, a Justiça determinou a liberdade dos dois acusados, e a linha de investigação passou a se concentrar exclusivamente no caseiro.

Com a condenação de Jorge da Costa, o caso foi oficialmente encerrado pela Justiça. A sentença confirma a responsabilidade do ex-funcionário pelo crime que chocou a cidade de Bacabal e põe fim ao processo que durou mais de dois anos, desde o assassinato do empresário.