TCE é acionado para investigar contratos advocatícios na gestão de Jhulio Sousa em Poção de Pedras
O Tribunal de Contas do Maranhão (TCE/MA) foi acionado para investigar possíveis irregularidades na contratação de advogados pela gestão de Jhulio Sousa na Prefeitura de Poção de Pedras. A denúncia foi apresentada pelo advogado Bruno Romero Pedrosa Monteiro e aponta que o município teria mantido contratos já considerados inválidos pelo próprio TCE, desafiando determinações anteriores.
A representação questiona a atuação do escritório João Azêdo Sociedade de Advogados e de cinco profissionais que receberam procuração para representar o município em processo que tramita na 8ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal. A ação cobra da União a complementação de valores do antigo Fundef, em um montante estimado em R$ 76,6 milhões, recursos que deveriam ser destinados exclusivamente à Educação.
Segundo o documento, os advogados João Ulisses de Britto Azêdo e Bruno Milton Sousa Batista já haviam sido contratados na fase inicial do processo, mas tiveram seus contratos declarados irregulares pelo TCE/MA. Mesmo assim, voltaram a atuar no caso com nova procuração, sem que houvesse comprovação de regularização da situação.
Entre as irregularidades apontadas, estão a ausência de publicação oficial dos contratos em diário oficial e a suspeita de que não foi instaurado o devido processo de inexigibilidade de licitação. A lei admite a contratação direta de advogados somente em situações específicas, quando demonstrada a singularidade do objeto e a notória especialização do profissional, o que não teria ocorrido no caso de Poção de Pedras.
Para o advogado, a conduta fere princípios básicos da administração pública, como legalidade, publicidade e moralidade, podendo configurar ato de improbidade administrativa. O pedido ao TCE inclui a abertura de auditoria, requisição de documentos à prefeitura e, caso confirmadas as irregularidades, aplicação de sanções legais aos envolvidos.
A representação será analisada pelo conselheiro Osmário Freire Guimarães, relator do caso no Tribunal de Contas.
Fonte: Folha do Maranhão
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