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Estranhamente, com 1.278 pescadores cadastrados no governo federal, o rombo praticado em Barra do Corda chega a quantia de R$ 4 milhões.


A Controladoria-Geral da União (CGU), juntamente com a Polícia Federal, iniciou uma investigação para combater um suposto esquema criminoso no Seguro-Defeso no município de Barra do Corda, região central do Maranhão.

Banhada pelos rios Corda e Mearim, a cidade possui cadastrada no governo federal a quantia de 1.278 pescadores. Tudo indica, pelo levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União e enviado à CGU e à Polícia Federal, que mais de 85% dos nomes cadastrados no sistema do governo federal são de falsos pescadores, ou seja, pessoas que não sabem sequer usar um anzol ou jogar uma tarrafa. Ou seja, não vivem e nem sobrevivem da pesca.

Para se ter uma ideia do tamanho do rombo no Seguro-Defeso em Barra do Corda, os supostos pescadores receberam, entre janeiro e julho de 2025, a quantia de R$ 4.017.277,48 (quatro milhões, dezessete mil, duzentos e setenta e sete reais e quarenta e oito centavos).

Mês a mês, os valores variaram, e em julho os saques dispararam:

• Janeiro: R$ 399.862,00

• Fevereiro: R$ 346.104,00

• Março: R$ 415.932,00

• Abril: R$ 866.778,00

• Maio: R$ 484.242,00

• Junho: R$ 544.983,48

• Julho: R$ 959.376,00

Segundo a CGU, atravessadores estariam coagindo pescadores artesanais legítimos a repassarem parte dos valores recebidos. Em outra frente, os criminosos também estariam induzindo pessoas que não têm direito ao benefício a se cadastrarem para receber o dinheiro, exigindo delas a devolução de metade da quantia.

Com essas duas práticas criminosas, centenas de pessoas em Barra do Corda acabaram entrando no esquema e agora estão 100% na mira da Polícia Federal.

De janeiro a julho, na lista detalhada, há registros de falsos pescadores que chegaram a receber cinco parcelas em um único mês, faturando quase R$ 10 mil.

Dois irmãos, por exemplo, receberam juntos, apenas em julho de 2025, oito parcelas no valor de R$ 1.518 cada, totalizando R$ 12.144.

Na lista, constam ainda dois irmãos indígenas cadastrados como pescadores em Barra do Corda. Apenas em julho, cada um recebeu quatro parcelas de R$ 1.518, também somando R$ 12.144 juntos.

Segundo a relação da CGU, de mês a mês, 85% dos pescadores cadastrados receberam de três a seis parcelas, apontando para um rombo escandaloso aos cofres do governo federal.

Com informações de Minuto Barra

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