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Basta uma rápida olhada nos meios de comunicação local para constatar o aumento exponencial do número de roubos, assaltos e furtos em Pedreiras (MA). Casos de motocicletas tomadas de assalto ou motoqueiros fazendo arrastões pelas ruas da cidade são cada vez mais rotineiros. Tornou-se perigoso para as famílias pedreirenses até manter o hábito centenário de sentar-se a porta de casa para o tradicional bater papo com vizinhos. Os ladrões não estão respeitando ninguém. Param as motos e, armados, começam a recolher pertences dos cidadãos. Pedreira não é mais a mesma.

“Carlinhos, essa violência não tão antiga assim, é um fato novo, infelizmente; na década de 1990, as casas ficavam de portas abertas à noite toda e não eram invadidas, assaltadas; vivíamos tranquilamente. À noite, também costumávamos banhar no Rio Mearim; era um rio limpo e as margens não eram ocupadas por criminosos e usuários como está sendo hoje”, contou-me recentemente o compositor e poeta Paul Getty.

Prestes a completa dois anos que resido na cidade, não conheci essa idílica Pedreiras lembrada com exacerbado saudosismo por Getty. Nessa questão de segurança, conheço apena a Pedreiras dos assassinatos, furtos e assaltos.  E como se não bastasse, a ascensão da criminalidade local, os criminosos estão se especializando nos delitos.

Nesta semana, a ação delituosa de uma mulher tem chamado atenção dos moradores. Trata-se da Amada, a “Ladra invisível” de Pedreiras. Pouco se sabe da origem dessa mulher, sua verdadeira história, bem como seus transtornos que a levaram para o mundo do crime. Alguns afirmam que ela não tem residência fixa, perambula pela região da rodoviária, dorme em calçadas da cidade; cor negra, corpo delgado, mirrado, sombrio, misterioso...

A Amada tem invadido casas em toda cidade, mas ela não arromba as mesmas, agindo sozinho, furtivamente entra na casa que encontra a porta aberta; se esgueira pelas paredes, cortinas, espaços apertados, escuros, sempre opta por transitar nas partes mais sombrias da residência; há quem afirme que ela caminha livremente por entre os moradores, sem ser notada, como se tivesse a habilidade da invisibilidade, isso explica o apelido.  Entra pelos cômodos, abre e fecha bolsas e gavetas, recolhendo dinheiro, joias e pertences valiosos. Com os bolsos cheios a Amada deixa a casa das vítimas, sem ser percebida.
Continua...

Não demora muito para que as vítimas notem o sumiço de dinheiro e de outros pertences do interior da casa. Alguns deduzem logo que receberam a desagradável visita da Amada, a “Ladra Invisível”. Outros, como não viram ninguém, não encontraram portas e janelas arrombadas, lamentavelmente começam a suspeitar dos próprios familiares, quando não, de amigos ou vizinhos que os visitaram naquele dia. Ou seja, além do roubo de itens valiosos, a ladra deixa um rastro de desconfiança que tem desestabilizado familiares e amizades em Pedreiras.

A Amada, a “Ladra Invisível de Pedreiras”, tem sido bem sucedida na forma como pratica seus delitos. Como conceber a ideia de que neste momento que estamos em casa, olhando o celular, assistindo televisão, estudando, descansando, uma ladra está entre nós, agindo dentro de nossa casa?! Ainda assim, embora em raras ocasiões, Amada já foi surpreendida por moradores mais atento. Mas ela tem uma conversa que hipnotiza as vítimas. Antes mesmo que o morador diga algo, ela mesma se antecipa.

“Eu não peguei nada, não roubei nada, olha...”, diz ela e levanta a roupa exterior, ficando pelada e, na maior tranquilidade, deixa a casa invadida, diante dos olhares perplexos de seus moradores.

Nesta semana, a Amada invadiu a casa de um amigo comunicador da cidade. Ele é bem conhecido e, portanto, não vamos identificá-lo para evitar mais constrangimentos desnecessários. A presença da “Ladra Invisível” foi percebida apenas pela filhinha do comunicador.

“Pai, aquela mulher foi embora e saiu levando seu dinheiro”, disse a menina de 11 anos.

“Que mulher, minha filha”, indaga o pai, surpreendido.

“Aquela mulher que tava aqui dentro de casa, que passou atrás do senhor, que entrou no seu quarto e lá na garagem eu vi ela passando e contando o dinheiro”, respondeu a criança.

O comunicador correu ao quarto e não encontrou mais a sua carteira; em seguida correu até a rua e conseguiu atalhar a ladra, porque dessa vez, a presença da “Mulher Invisível” foi percebida por uma criança que o alertou.

“Infeliz, #@%&#%$&@##&”, esbravejava o comunicador.

“Moço, eu não tenho nada, eu não roubei nada”, jurava ela, enquanto era sacudida pelo homem.

“Eu vou te revistar”, dizia o comunicador nervoso, querendo sua carteira.

Mas antes disso, a Amada começou a se despir no meio da rua, ficando somente de calcinha. O comunicador ficou assustado diante daquela ação constrangedora da mulher e recuou uns passos. “O que fazer?” Ele deu graças  a Deus que a rua estava deserta, porque foi à noite em que caiu a última chuva em Pedreira, terça-feira, dia 17. Sem graça, ele olhou a mulher de cima a baixo, não viu a carteira, não viu dinheiro, não viu nada... Viu apenas a Amada, despida a sua frente; imaginou que a carteira estivesse em outro lugar da casa, porque ela não tinha onde esconder. Pensou em chamar a polícia, porém, na correria deixou o telefone em casa. Não tinha como segurar ela mais tempo, limitou a dizer-lhes mais alguns impropérios pela invasão e liberou a ladra. Amada saiu se queixando, acusando o comunicador de ser obrigada a ficar de calcinha no meio da rua.

“Isso é assédio, sabia”, dizia ela em tom de ameaça. No começo da rua montou em uma bicicleta escondida e sumiu pedalando na escuridão da noite.

O comunicador voltou para casa achando graça da história. No entanto, ele não riu por muito tempo; revirou a casa inteira e não encontrou a carteira. “Meu Deus, ela tava com a minha carteira e eu não vi, onde ela escondeu ou meteu uma carteira daquele tamanho, porque ficou só de calcinha em minha frente”, dizia ele a esposa.

A esposa, por sua vez reclamava com o marido por ter deixado a ladra seguir caminho em vez de chamar uma viatura e entregar ela a polícia.

“Acho que tu ficou tão encantado com a mulher pelada que não percebeu que tua carteira tava em uma das mãos dela, ordinário”, falava a esposa.

O comunicador entrou em seu carro e correu a cidade inteira atrás da “Ladra Invisível” de Pedreiras, mas não a encontrou. Dois dias depois, um deficiente encontrou os documentos do comunicador em uma sacola de plástico, largada na sarjeta do Bar do Negão, localizado no Cuscuz da Trizidela do Vale. O comunicador ofereceu uma gorjeta, agradecido a boa ação do deficiente. O dinheiro e a carteira sumiu para  sempre.

Examinando um vídeo de uma câmera que monitora a Rua, a ladra apareceu na rua logo depois da chuva; guardou a bicicleta, ficou em ziguezague, alternando entre as casas, procurando uma porta aberta e entrou na casa da vítima, passando cerca de 3 minutos no interior da residência.

Foi mais uma ação criminosa bem sucedida da Amada, a “Ladra Invisível” de Pedreiras.
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3 Comentários

  1. E bota ladra nisso ela entrou na minha casa roubou o perfume Miller do meu filho, E o celular dele iPhone 4s...

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  2. Mostra a cara dessa vagabundo.
    Porque si eu aver passando aqui na minha porta ela vai ter o que merece.

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  3. Mostra a cara dessa vagabunda, pra quando ela passa aqui na minha casa, pra eu motrar pra ela como si trata vagabundo.

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