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atualizada às 14h33

Fogo começou por volta das 2h deste domingo na boate Kiss, no centro da cidade. Incêndio teria sido provocado quando um vocalista de uma banda usou um sinalizador como parte de um show pirotécnico. As faísca do sinalizador atingiram a espuma do revestimento do teto que serve como isolador acústico. O proprietário da boate já se apresentou a polícia. A presidente Dilma Roussef cancelou compromissos oficiais no Chile e já está em Santa Maria para acompanhar de perto a tragédia. O encontro nacional entre ela e os novos prefeitos agendado para esta segunda - feira poderá não acontecer.

Agencia RBS

Informações recentes do Corpo de Bombeiros dão conta de que, pelo menos, cerca de 2000 pessoas estariam na boate Kiss, no momento do incêndio que teria ocorrido por volta das 2h. A Polícia Civil contabilizou até agora 232 óbitos confirmados. Na boate, acontecia a festa de quatro cursos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) — Agronomia, Medicina Veterinária, Pedagogia e Tecnologia dos Alimentos. Ainda no local, ocorreria a festa de um bloco de carnaval da cidade, o Nagandaya. Ainda conforme os bombeiros, parte da parede teria sido quebrada por pessoas para que pudessem auxiliar na saída e para ajudar a ventilar oxigênio.

O diretor do Centro de Ciências Rurais da UFSM, Thomé Lovato, já mobilizou as equipes da UFSM e tão logo se tenha a relação de mortos dos cursos da Ciências Rurais — Agronomia, Medicina Veterinária, Tecnologia dos Alimentos — os familiares serão avisados pela federal.

O incêndio da boate Kiss já teria sido controlado. A estrutura do prédio não correria risco de cair e nem prédios do entorno correriam risco de cair. Agora, o Corpo de Bombeiros trabalha para saber se haveria, de fato, uma saída nos fundos da boate.

Incêndio é a maior tragédia da
história do Rio Grande do Sul

O incêndio que atingiu a boate Kiss em Santa Maria deixando pelo menos 90 mortos na madrugada deste domingo é a maior tragédia da história do Rio Grande do Sul. O número de vítimas estimado pelas autoridades até o início da manhã de domingo é quase o dobro dos 51 mortos no acidente com um avião quadrimotor que viajava do Rio de Janeiro a Porto Alegre e chocou-se contra o Morro do Chapéu, em Sapucaia do Sul.

Mesmo em comparação com o acidente com o avião da TAM no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 2007, a tragédia de Santa Maria é maior. Pelo menos 89 dos 186 passageiros que perderam a vida no vôo 3054 haviam nascido no Estado ou tiveram suas vidas ligadas ao Rio Grande do Sul.

 Familiares e amigos se aguardam notícias em frente a um dos hospitais de Santa Maria Jean Pimentel


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