"A praça é do povo, como o céu é do condor"

Breado manda retira ônibus e máquinas da Praça

Imagens da Praça de Igarapé Grande no último final de semana

Parece que o problema dos quiosques da Praça de Igarapé Grande depois de um mês de disputa foi finalmente resolvido ( Reveja ). Segundo informações que chegaram ao Blog, dona Arlene, administradora do quiosque da Praça aceitou uma proposta financeira oferecida pelo Breado para deixar o estabelecimento. Dona Arlene já entregou as chaves e o quiosque logo reabrirá com uma nova administração escolhido pelo povo da ‘Onça’.

O quiosque que fica ao lado da Praça também já foi reavido pela prefeitura. Cristiano, o antigo administrador, deixou o município. Os ônibus e as máquinas que ficaram estacionados em volta da pequena venda de lanches foram removidos daquele local pela prefeitura.

Provavelmente a iluminação da Praça também deva ser religada nesta semana, caso ainda não tenha sido. O povo de Igarapé Grande agradece pelo fim dessa peleja que só prejudicou a qualidade de vida da população que se utilizava da Praça como fonte de lazer.

A Praça não deveria ser de Cristiano, de dona Arlene, do Breado, do Padre ou mesmo da prefeitura, mas do povo. Essa confusão pública fez-me recordar de um poema:

"A praça é do povo, como o céu é do condor".

Quando será que os versos de Castro Alves se tornarão uma realidade para a nossa gente sofrida?

A Praça

"A praça é do povo!

Como o céu é do condor".

É o antro onde a liberdade

cria águias em seu calor.

Senhor, pois quereis a praça?

Desgraçada a população!

Só tem a rua de seu...

Ninguém vós rouba os castelos,

Tende palácios tão belos...

Deixai a terra ao Anteu.

Mas embalde...que o direito

Não é pasto de punhal

Nem a patas de cavalo

Se faz um crime legal...

Ah! não há muitos setembros!

Da plebe doem-se os membros

No chicote do poder,

E o momento é malfadado

Quando o povo ensanguentado

Diz: já não posso sofrer.

Castro Alves

(1847-1871)