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O palestrante Profº Wellington Soares  escreve uma coluna dominical no Jornal Meio Norte, de Teresina, Piauí, publicou uma crônica "interessantíssima" que teve a JORNADA PEDAGÓGICA 2013 de Poção de Pedras como assunto principal".

Leiam integralmente a crônica escrita e publicada por Wellington Soares:

                   LIVROS À MÃO CHEIA

        Programa bom é falar para professores, ainda mais quando estão interessados e atentos. Particularmente, me sinto em casa. Ou noutros termos, como diriam os jovens, essa é a minha praia. Não é nada não, mas essa história de amor vem de muito tempo, sempre marcada por um diálogo respeitoso e fraterno. Foi o que aconteceu no último dia 7 deste mês, quando fui convidado a participar, como um dos palestrantes, da Jornada Pedagógica de Poção de Pedras 2013, cidade do Maranhão a 260 km de nossa capital. O tema não poderia ter sido melhor, “Leitura e diversidade”, a desafiadora travessia rumo ao fascinante universo dos livros, na perspectiva lobatiana que "uma nação se faz com homens e livros". Os mais de 500 professore que lotavam o auditório, na escola municipal Nice Lobão, eram conhecedores da sábia lição de Guimarães Rosa, o grande escritor mineiro: "Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende".

 Continua...

        A indagação feita por todos, inclusive por mim, estava relacionada à melhor estratégia a ser adotada para conquistar e formar novos leitores. Que caminhos percorrer a fim de levar alunos do ensino fundamental a gostar de ler? Embora não exista uma receita única para enfermidade tão grave que acomete o Brasil, é possível apontar algumas ações imediatas e simples que, adotadas como filosofia pedagógica, costumam dar bons resultados. Primeira: incentivar o saudável hábito da leitura em sala de aula, sobretudo, nas disciplinas de comunicação e expressão, levando a meninada a descobrir que os textos literários têm vida, descortinam infinitos horizontes e nos livram da temível solidão. Cabe relembrar aqui o sempre atual ensinamento de Henry Thoreau: “Quantos homens já não iniciaram uma nova era em suas vidas ao ler um livro?”.


        A segunda é de fácil adoção também, a criação de uma biblioteca na escola, com empréstimo de livro aos estudantes e a constante renovação de seu acervo. Recomenda-se que a pessoa escolhida para administrá-la seja criativa e, acima de tudo, amante da leitura, daquelas que não só apreciam como inoculam a paixão pelos livros nos outros. Para torná-la palpitante, nada mais recomendável que a realização de saraus literários semanais, com professores e alunos lendo textos de livre escolha, escritos por consagrados autores ou de sua própria safra. Nessas ocasiões, levar escritores para falar sobre a arte da palavra, bem como da obra que produziu, é interessante e bastante aconselhável. Jorge Luís Borges foi quem, nesse aspecto, matou a charada: “Sempre imaginei o paraíso como uma grande biblioteca”. 


        Nenhuma política de fomento à leitura vai longe sem o cumprimento desta terceira medida: professores que abracem a causa e deem testemunho de devoção ao livro. Querer formar leitores por decreto e sem dar o exemplo é tarefa quase impossível. Daí a importância dos mestres incluírem tal produto no cardápio da escola. Alimento que, além de saciar a fome por conhecimento, ainda nutre a nossa exigente e sensível alma. Como sobremesa, tomara que sirvam aos alunos a iguaria da escrita, desafiadora construção do edifício humano por meio da linguagem. O escritor francês Victor Hugo, respaldado por uma vida dedicada à literatura, exclamou sabiamente: “Ler é beber e comer. O espírito que não lê emagrece como um corpo que não come”.
       
     A promoção de encontros pedagógicos, a exemplo do realizado em Poção de Pedras, destaca-se também como uma boa saída para fomentar, como diria o saudoso bibliófilo José Mindlin, a “loucura mansa” junto a professores e alunos. Isto é, a paixão desenfreada pelos livros, tanto no sentido do consumo individual quanto no desejo de compartilhar com outras pessoas. Logo, só nos resta agradecer aos organizadores do evento pelo convite, Ângela Galvão e Hildalene Pinheiro, respectivamente secretária e secretária-adjunta da pasta de Educação no município. Dia puxado aquele, o 7 de março passado, mas prazeroso e instrutivo. Oxalá que o atual prefeito, Júnior Cascaria, continue apostando na educação como instrumento de ascensão social e desenvolvimento econômico.


Wellington Soares, Jornal Meio Norte, Teresina, Piauí, 18 de março de 2013.         
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3 Comentários

  1. MUITO BOA A CRÔNICA DO PROFESSOR.
    MAS A EDUCAÇÃO DE POÇÃO DE PEDRAS SÓ É BOA MESMSO EM CRÔNICAS. PRA QUEM DIZIA QUE A EQUPE PEDAGÓGICA PASSADA ERA INCOMPETENTE.... TÃO MOSTRANDO A COMPETENCIA. 20 DE MARÇO E AS AULAS AINDA NÃO TEM PREVISÃO PRA COMEÇAR.
    ASSIM A EDUCAÇÃO VAI LOOOOOOOOOOOOOOONGE.....

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  2. Carlinhos estamos chegando ao final de março e essas aulas não começa. A semna peda´gogica foi na semana passada e nem sinal de aulas. Tá na hora da promotora chmar essa secretaria de Educação pra dar explicação.

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  3. Parabéns prefeito Cascaria o senhor demonstra q é mesmo. Grande prefeito.

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