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Foi assassinado com sete disparos de arma de fogo, no início da madrugada de ontem, na zona rural da cidade de Bom Jardim, o médico cirurgião Waldey Rodrigues de Souza, de 56 anos. Segundo a Polícia Civil, o crime foi praticado por dois homens armados em uma moto modelo Honda Bros de cor preta, na porta da Fazenda Amazonas, da qual a vítima era proprietária.

O crime, que segundo a polícia judiciária tem características de pistolagem, é investigado na delegacia da cidade de Buriticupu. "Estamos aguardando o resultado da perícia, mas já temos traçadas algumas linhas de investigação, uma delas a de crime de encomenda", disse o delegado José Roberto Menezes de Azevedo, titular do município vizinho a Bom Jardim.

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Em entrevista (por telefone) a O Estado, o delegado que iniciou as investigações informou que, segundo os familiares, o médico cirurgião se preparava para viajar para a cidade de Açailândia, onde participaria de uma audiência no Fórum da Comarca para tratar de um processo litigioso sobre a compra e venda da fazenda com o ex-proprietário.

"Não sabemos ainda se o entrave judicial possa ter motivado o crime. Em depoimentos prévios com membros da família da vítima, muitos acreditam nessa linha de investigação como a mais provável. O fato de o crime ter sido praticado também na data em que ocorreria a audiência reforça essa hipótese, porém a polícia precisa ser cautelosa", lembrou o delegado.

Tiros - Waldey Rodrigues de Souza foi alvejado com três tiros no pescoço e outros quatro na altura do tórax. Segundo informações ainda não confirmadas pela polícia, a transação que envolvia o processo de compra e venda da fazenda em questão seria em torno de R$ 1,8 milhão, montante este que não teria sido quitado totalmente pela vítima, e isso pode ter gerado a encomendada do crime.

Outra informação vinda do município de Bom Jardim é a de que quem encontrou o médico morto foi um vaqueiro da fazenda, que teria saído à procura do patrão depois de receber uma ligação telefônica da mulher de Waldey Rodrigues de Souza, Josenolia Almeida, que é professora na Faculdade de Imperatriz (Facimp). Ela teria pedido para o empregado informar ao patrão, que o aguardava para a audiência em Açailândia e estava estranhando a sua demora. O vaqueiro foi então à procura do médico e acabou o encontrando morto com sete tiros.

Quinze mortes de 6ª-feira à madrugada de ontem

Na Região Metropolitana de São Luís, 15 assassinatos foram registrados no Instituto Médico Legal (IML) da noite de sexta-feira (6) ao início da manhã de ontem. Do total de mortes, 14 foram cometidas com uso de armas de fogo, uma delas a vítima morreu em confronto com a Polícia Militar, na Vila Cutia (área do bairro São Raimundo) e três permanecem sem identificação. Segue abaixo a lista das vítimas de mortes violentas, ocorridas no fim de semana.

Bruno Lopes Costa, de 29 anos (Coqueiro, São Luís); Wellington Santos de Oliveira, de 20 anos (Cidade Olímpica, São Luís); Daniel Nunes Frazão, de 20 anos (Jota Câmara, São José de Ribamar); Igo Costa da Silva, de 20 anos (Parque Jair, São José de Ribamar); Waldeilson Costa, de 16 anos (Parque Jair, São José de Ribamar); Carlos Ramon Serpa da Silva, de 18 anos (Vila Isabel Cafeteira, São Luís); Elenilde Alves Correia, de 29 anos (Vila Maranhão, São Luís); Wulsivaldo Pereira, de 40 anos (Liberdade, São Luís); Johnny da Luz Coelho, de 26 anos (Ponta d'Areia, São Luís); Ronaldo Cesar Pinto Coelho, de 19 anos (Centro São Luís); João Ferreira dos Santos, de 23 anos (Jota Lima, São José de Ribamar); sem identificação (Forquilha, São Luís); sem identificação (Vinhais, São Luís); sem identificação (Vila Lobão, São Luís).

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Waldey Rodrigues de Souza, que era imperatrizense, atuava na área médica em alguns municípios maranhenses, mas também prestava serviços nas cidades de Araguatins, Tocantinópolis e Augustinópolis, todas localizadas na região do Bico do Papagaio, no estado do Tocantins. O corpo do fazendeiro deve ser sepultado ainda hoje no Cemitério Parque Jardim das Rosas, em Imperatriz.


Saulo Maclean
Da editoria de Polícia

EMA
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