Cobertura da crise no Maranhão gera desconforto entre família Sarney e TV Globo
2
Comentários
Por Wilson Lima , iG
Brasília
Roseana Sarney tem um terço
das ações da empresa afiliada da emissora no Estado e, a aliados, afirma que
está sofrendo perseguição
A governadora do Maranhão,
Roseana Sarney (PMDB), ficou extremamente desconfortável com as sucessivas
reportagens sobre a crise prisional e sobre os indicadores sociais do Maranhão
que têm sido veiculados pela Rede Globo. Roseana detém um terço das ações da TV
Mirante, afiliada da Rede Globo no Estado. São sócios de Roseana na TV Mirante
o empresário Fernando Sarney, seu irmão, e seu pai, o senador José Sarney
(PMDB-AP).
Continua...
A interlocutores, Roseana
classifica-se como perseguida da grande mídia, inclusive pela Globo. Apesar
disso, conforme o iG apurou, ela ficou surpresa com o fato da emissora ter destinado,
por exemplo, cinco minutos da edição da última quarta-feira do Jornal Nacional
apenas para falar sobre os problemas sociais do Maranhão. Aliados da
governadora informaram que ela classificou como “exagero” a exposição que o
Estado vem tendo nos últimos dias.
Na reportagem de Tiago Eltz,
o Jornal Nacional mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão cresceu
15,3% entre 2010 e 2011. Percentual cinco vezes maior que a média nacional no
período: 2,7%. Mas também revelou que esses crescimento ainda não se refletiu
nos indicadores sociais. O Maranhão ainda tem a pior expectativa de vida do
Brasil e que 90% dos moradores não possuem acesso à rede de esgoto.
Mas essa não foi a primeira
vez que a governadora teve que enfrentar desconfortos por matérias veiculadas
pela Rede Globo. No ano passado, a emissora citou problemas na saúde do
Maranhão no programa “Profissão Repórter”, mostrando falhas do programa “Saúde
é Vida”, que previa a construção de 62 hospitais e até agora não foi concluído.
Durante a crise no sistema
prisional do Estado e das críticas pesadas contra o governo, alguns aliados de
Roseana tentaram iniciar uma campanha de proteção ao Estado chamada “Eu Amo o
Maranhão”. A ideia era tentar abafar as críticas por meio de um sentimento de
orgulho ao Estado. Mas a campanha nas redes sociais não pegou e acabou sendo
satirizada.
Da outra ponta, como
estratégia de gerenciamento de crise, blogs ligados do governo do Estado também
tem sido utilizados para tentar desviar o foco das críticas ao executivo e ao
sistema carcerário maranhense. Desde o início da crise, esses blogs tem
desclassificado as denúncias da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e reiterado o suposto caráter “político” da
crise carcerária maranhense, apontando que algumas denúncias, como o vídeo de
homens decapitados, vazaram por meio de pessoas ligadas ao presidente da
Embratur, Flávio Dino, principal adversário da família nas eleições de 2014.
Mais sobre a crise no
Maranhão:
2 Comentários
Ela chama de perseguição... Ano passado foram gastos 23 milhões só na alimentação dos presos de Pedrinhas. Essa quantia nem todos os restaurantes juntos de São Luís faturaram, imagine os presos.
ResponderExcluirTambém... sabe de quem é a firma que fornece a alimentação dos presos? Um tal de Cantanhêde, o maior laranja do Ricardo Murad.
ESSES ATAQUES TODOS A FAMILIA SARNEY É PELA DISPUTA DOS MINISTÉRIOS...pra tirarem os Ministérios dos aliados de Sarney ( Ministerio de Minas e Energia Edson Lobao e de Turismo Gastao Vieira)...há senadores que estao unindo todas as forças contra Sarney p mudar isso
ResponderExcluir