Iniciada a notificação de ocupantes de terra indígena
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Desde ontem os oficiais de
Justiça se encontram no município de São João do Caru, onde foi montada uma
base operacional para iniciar as atividades. A notificação atende a uma decisão
do juiz da 5 ª Vara Federal José Carlos do Vale Madeira, que determinou a
desintrusão da área em dezembro do ano passado.
Continua...
O objetivo da Justiça é
conter o desmatamento na região, que, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe), já afetou 34% do território indígena, com perímetro de 1.700
km² (área pouco maior que o território da cidade de São Paulo), e ameaça a
proteção da etnia, considerada por organizações ambientais como uma das mais
ameaçadas. Segundo levantamento feito pelo Centro Gestor e Operacional do
Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), há cerca de 300 construções ilegais
dentro do território dos Awá.
Acompanhamento – Na última
sexta-feira (10), foi criado um grupo de acompanhamento formado por
representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra),
Federação de Trabalhadores na Agricultura do Maranhão e representantes de
sindicatos de trabalhadores rurais e do governo estadual para articular ações
conjuntas e monitorar o processo de desintrusão da terra indígena. A próxima
reunião de trabalho dessas entidades está agendada para o dia 20 deste mês.
O grupo acompanhará as ações
de obtenção de terras desenvolvidas pelo Incra, visando ao reassentamento das
famílias notificadas pela Justiça Federal para desocupar a terra indígena dos
Awá-Guajá.
A reserva se estende por uma
área de aproximadamente 116 mil hectares, que compreende os municípios
maranhenses de Centro Novo do Maranhão, Governador Newton Bello, São João do
Caru e Zé Doca, próximo à fronteira entre o Maranhão e o Pará. De acordo com a
Funai, existem hoje apenas 400 índios da etnia, divididos em quatro aldeias
diferentes, e alguns nunca tiveram contato com o homem branco.
O Estado
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