Polêmica: Cliente se revolta ao ver desembargador humilhar garçom
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Com informações do portal G1 RN/John Cutrim
Envolvido em uma confusão
com um desembargador neste domingo (29) em uma padaria de Natal, o empresário
Alexandre Azevedo, de 44 anos, vai entrar com uma representação contra o
magistrado no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A discussão, segundo
Alexandre, foi iniciada depois que o desembargador Dilermando Motta destratou
um garçom na padaria Mercatto, no bairro Lagoa Nova, na zona Sul da capital
potiguar. Em nota, o magistrado negou que tenha desrespeitado o funcionário.
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“Não sou herói, não quero
ser herói. Apenas tomei uma atitude natural de um cidadão que se sentiu
constrangido e indignado com a forma como ele tratou o garçom, humilhando um
trabalhador”, afirma o empresário, que aparece discutindo com o desembargador
em vídeos publicados anonimamente por clientes nas redes sociais. No YouTube,
um dos vídeos já tem mais de 185 mil acessos. Para Alexandre, houve abuso de
autoridade por parte do magistrado.
Desembargador Dilermando Motta |
A versão é contestada pelo
desembargador Dilermando Motta, futuro presidente do Tribunal Regional
Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN). “A verdade é que, um simples e
moderado pedido de esclarecimentos de um cliente a um garçom, que já havia sido
solucionado, gerou uma reação de um
terceiro com ameaças, gritos e total desrespeito ao público presente. Não houve
abuso de autoridade como o propagado, mas somente uma atitude de defesa pessoal
e da família presente, inclusive uma filha menor de dois anos de idade”, diz a
nota do desembargador. O magistrado também informou que tomará medidas
judiciais.
A padaria Mercatto também
divulgou uma nota de esclarecimento. O estabelecimento lamentou o ocorrido e
garantiu que está oferecendo “todo o suporte necessário ao funcionário
envolvido no episódio e, caso haja necessidade, se coloca à disposição das
autoridades para qualquer tipo de esclarecimento”, informa.
No dia 8 de janeiro, os
clientes da Padaria Mercatto vão realizar um evento em defesa dos garçons.
Revolta
Os clientes da padaria se
revoltaram com a atitude do membro do Tribunal de Justiça do Rio Grande do
Norte.
Uma senhora e o empresário
Alexandre Azevedo saíram em defesa do garçom. O desembargador Dilermando Motta
teria pego uma cadeira para se defender e dito que os dois estavam endiabrados.
Alexandre gritou com o
desembargador e terminou recebendo voz de prisão.
Dilermando ligou para o
comando da Polícia Militar e exigiu a presença de mais 3 viaturas da Polícia
Militar para conduzir o empresário. A revolta dos clientes da padaria aumentou.
O reforço da Polícia Militar
chegou e os clientes da padaria e outras pessoas que estavam perto não deixaram
os policiais militares conduzirem o garçom e nem o empresário Alexandre que
saiu em defesa dele.
Outro lado
Nota do empresário Alexandre
Azevedo:
“A respeito do incidente na
Padaria Mercatto, envolvendo o Des. Dilermano Mota, ocorrido no último domingo
(29/12/2013), venho a público externar a minha versão, objetivando esclarecer
os fatos.
Por volta das 10 hs,
estávamos, eu e minha esposa, lanchando na Padaria quando presenciamos um
senhor, que até então não sabia de quem se tratava, levantar-se bruscamente de
sua mesa e ir de encontro ao garçom que acabara de servi-lo. Este senhor, aos
gritos, no meio do salão, dizia ao garçom que este não o havia atendido
direito, deixando de colocar gelo em seu copo, e gritava pelo gerente, exigindo
que o punisse naquele momento, e ele queria presenciar. Não satisfeito com esse
escândalo, este senhor puxou o garçom pelo ombro e exigiu que lhe olhasse nos
olhos e o tratasse como Excelência, e disse que deveria “quebrar o copo em sua
cara”. Tal fato foi testemunhado por dezenas de pessoas que ali se encontravam.
Presenciando aquela agressão
injustificada, eu me levantei e intervi, dizendo ao senhor que ele não poderia
fazer aquilo; não poderia humilhar alguém que estava ali para servir. Nesse
momento, o senhor se voltou contra mim, chamando-me de “cabra safado”,
“endiabrado”, “endemoniado”, que “merecia ser preso”, chegando, inclusive, a
pegar uma cadeira e dizer que iria “quebrar minha cara”, tendo sido contido por
várias pessoas. Eu repudiei a conduta deste senhor veementemente, perguntando
quem ele pensava que era e se não tinha vergonha de ofender seus semelhantes
daquela forma.
O Desembargador Dilermano
Mota, identificando-se como tal, acionou a Polícia Militar, que deslocou
imediatamente quatro viaturas para atender o chamado, tendo, o oficial que
atendeu a ocorrência, depois de sondar as dezenas de pessoas que se aglomeravam
no salão da Padaria, identificado a inexistência de qualquer crime cometido por
mim. Em razão dos policiais não terem me prendido, o desembargador, aos gritos,
adjetivou-os de “um bando de cagão”.
Devo deixar claro que não
conhecia o Desembargador, tampouco o garçom. A minha atitude de revolta e
indignação ao presenciar uma profunda injustiça foi a de um cidadão consciente,
como todos devem ser. E teria a mesma reação, ainda que não se tratasse de um
magistrado. Quem quer respeito, se dá o respeito. Finalizo citando Darcy
Ribeiro quando dizia “só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar.
E eu não vou me resignar nunca”.
Nota do desembargador
Dilermando Motta:
“Em respeito à opinião
pública, venho esclarecer o que de fato aconteceu nas dependências da padaria
Mercatto, em data de ontem (29), que ocasionou uma série de comentários nas
redes sociais, alguns desmedidos e distanciados da realidade.
A verdade é que, um simples
e moderado pedido de esclarecimentos de um cliente a um garçom, que já havia
sido solucionado, gerou uma reação de um
terceiro com ameaças, gritos e total desrespeito ao público presente.
Não houve abuso de
autoridade como o propagado, mas somente uma atitude de defesa pessoal e da
família presente, inclusive uma filha menor de dois anos de idade.
Sem nenhum propósito
revanchista, as medidas judiciais cabíveis serão adotadas”.
Nota da padaria Mercatto:
“Construir uma marca é como
cultivar um jardim. Um trabalho diário de dedicação e cuidado, tudo isso para
conquistar quem estiver passando por perto.Tudo isso para atrair olhares,
provocar emoções e sabores que despertam aquela vontade de ficar um pouquinho
mais.
Uma marca é feita pela suas
pessoas, pelos seus profissionais, por uma equipe que zela pelo seu maior
patrimônio, seus clientes.
Com isso, a Padaria Mercatto
só tem a lamentar o episódio que aconteceu nesse domingo nas suas instalações e
que acabou ganhando ampla repercussão nas mídias sociais. A Mercatto está
oferecendo todo o suporte necessário ao funcionário envolvido no episódio e,
caso haja necessidade, se coloca à disposição das autoridades para qualquer
tipo de esclarecimento.
A Padaria Mercatto, que se
caracteriza pela qualidade dos seus produtos e atendimento, esclarece ainda que
adota sempre como princípio norteador na prestação de serviços a cordialidade
no trato com todos os seus públicos, sejam eles clientes, empregados e
fornecedores”.
Via Blog John Cutrim
Via Blog John Cutrim
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Os pobres serão exaltados e os ricos humilhados diz a bíblia
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