Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa debate aplicabilidade da lei que determina o fim dos lixões
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Ana do Gás preside reunião da Comissão de Meio Ambiente da ALEMA |
Na reunião da Comissão de
Meio Ambiente, realizada na manhã desta terça-feira (12), a deputada Ana do Gás
(PRB), que preside a comissão, conduziu os debates em torno da implantação e
operação dos aterros sanitários, impostos pela Lei Federal 12.305 de 2010, que
determina o fim dos lixões.
A parlamentar frisou que, de
uma maneira geral, os recursos governamentais contemplam apenas a implantação e
aquisição de equipamentos, mas os recursos para a operação ficam a cargo dos
municípios. "O custo mínimo de operação de um aterro sanitário é de quase
R$ 100.000 por mês, desde a coleta até a destinação final e isso representa um
valor exorbitante para a maioria dos municípios maranhenses, por isso a
necessidade de se conduzir, como operadores políticos, os debates sobre a
política nacional", defendeu Ana do Gás.
Na reunião, que contou ainda
com a participação dos parlamentares Adriano Sarney, Wellington do Curso e
Rafael Leitoa, também membros da comissão, ficou deliberado que será realizada
uma audiência pública com todos os setores envolvidos. "Vamos convocar os titulares
das secretarias municipais e estaduais de Meio Ambiente e Ministério Público
para debater a questão e buscar uma adequação da lei para a realidade de cada
município", justificou a parlamentar.
Continua...
A lei determina ainda que os
municípios elaborem Planos Municipais de Gestão de Resíduos Sólidos (PMGRS),
implantar coleta seletiva, e desenvolver atividades de redução e reutilização
de resíduos. Tamanho rigor tem provocado o adiamento do prazo, inicialmente
marcado para agosto de 2014.
Um artigo incluído na medida
provisória 651/2014, aprovada pela Câmara Federal, prorrogou para 2018 o prazo
para a eliminação dos lixões. O texto também prorroga o prazo dado a municípios
e estados para elaboração dos próprios planos de gestão de resíduos sólidos. A
tarefa, que deveria ter sido concluída em 2012, agora poderá ser feita até
agosto de 2016.
São Luís tem PMGRS, mas o
Aterro da Ribeira está com a licença suspensa. Para a presidente da comissão, a
incapacidade da maioria dos municípios maranhenses em atender à legislação
decorre das carências de pessoal e orçamento. "As ações para implantação
de um plano de gestão de resíduos sólidos envolvem gastos iniciais de
implantação e também de operação, por isso se precisa saber a viabilidade
econômica de cada cidade e são essas informações que vamos solicitar do Governo
Estadual e dos gestores públicos", destacou a deputada.
Ana do Gás defendeu ainda
que a intenção do legislativo estadual não é incentivar o descumprimento da lei
federal. "Nossa ideia é propor ações constitucionais que permitam uma
abordagem mais realista dos problemas decorrentes de uma política de resíduos
sólidos excessivamente idealista", finalizou a parlamentar.
12/05/2015 12:13 - Assecom/
Dep. Ana do Gás
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