Polícia Civil volta a decretar greve por tempo indeterminado no Maranhão
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A Polícia Civil do Maranhão
voltou a decretar greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em
assembleia geral realizada na sexta-feira (18), na Associação dos Bancários, no
bairro do Centro, em São Luís. Durante o movimento, apenas 30% do efetivo nas
delegacias e regionais vão atender a população, conforme previsto em lei.
Peritos e delegados não aderiram à greve. No Estado, são 2.116 policiais civis.
O movimento havia sido
suspenso no dia 10 de agosto. Na ocasião, o Sinpol decidiu pela suspensão da
greve até o dia 4 de setembro, quando o Estado deveria ter apresentado uma
proposta do à categoria. “Fizemos ultima tentativa com o governo (quinta-feira, 17). Como o governo não apresentou uma proposta que atenda
as reivindicações, a greve volta a ser deflagrada por tempo indeterminado.”,
afirmou Heleudo Moreira, presidente do Sinpol-MA.
Os policiais civis
reivindicam melhores condições de trabalho e pleiteiam a reestruturação do
subsídio com base nas tabelas apresentadas pelo governo do Maranhão. Também
estão na pauta assunto como aumento do efetivo, tecnologia, inteligência
policial e melhores condições de trabalho. O presidente do sindicato afirma que
hoje um agente da polícia ganha 20% do salário de um delegado. Peritos e
delegados não aderiram ao movimento de greve.
Continua...
O G1 entrou em contato, por e-mail,
com o governo do estado, que disse ser inviável qualquer tipo de reajuste aos
policiais civis devido a queda na arrecadação estadual. O governo pede, também,
a compreensão dos servidores para que não se afastem do local de trabalho. Confira a íntegra da nota abaixo:
NOTA
A Secretaria de Estado de
Segurança Pública (SSP-MA), por meio da Delegacia Geral de Polícia Civil,
informa que mantém os canais abertos para diálogo com os policiais civis sobre
a implementação salarial. Ressalta que reconhece a importância desta categoria
e de suas demandas.
Neste momento, considerando
a situação econômica vigente, onde a arrecadação estadual apresentou queda,
foram inviabilizadas uma série de ações em diversas áreas, entre estas, na
Segurança. Reitera, ainda, que o Estado tem responsabilidade com o pagamento
dos vencimentos de servidores e demais demandas da gestão.
Diante do quadro, pede-se a
compreensão dos servidores para que não se afastem do local de trabalho e
permaneçam em suas atividades normais, a fim de garantir o direito do cidadão à
segurança e não incorrerem em sanções administrativas previstas em lei.
Sem proposta
No dia 5 de agosto em uma
reunião no Palácio dos Leões – sede do governo estadual –, os secretários de
Estado da Segurança Pública, Jefferson
Portela, e de Articulação Política, Márcio
Jerry, orientaram os representantes da categoria a suspender a paralisação
e manter a mesa de negociações com o governo.
Por meio das redes sociais,
o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), descartou qualquer possibilidade
de negociação em 2015 com os policiais civis do Maranhão. "Concedemos aos policiais o maior aumento de remuneração do Brasil
neste ano. Os policiais civis tiveram reajustes de 20% a 38%. Já fizemos o
máximo possível neste ano. Não posso e não vou 'quebrar' o Estado. Vamos fazer
novas negociações no próximo ano", escreveu.
Do G1 Maranhão.







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