Compartilhe essa Notícia:


Na noite do dia 16, a Polícia Militar de Esperantinópolis conduziu o individuo identificado como “João do Peixe”, a Delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos em torno da misteriosa morte de Francisco das Chagas Lima da Silva, o Chagas.

Inicialmente, João do Peixe contou uma versão que conduzia uma motocicleta com Chagas na garupa e o mesmo teria caído do veículo em movimento, devido a possível ataque cardíaco. Essa versão durou pouco, porque no Hospital Santa Marte, para onde a vítima fora levada, o médico de plantão constatou o óbito e depois de examinar o corpo, descobriu que o mesmo tinha perfurações provocadas por arma de fogo ( reveja ).

A história mal contada acabou levantando suspeita para cima de João do Peixe que tem esse apelido por vender peixes e peixes bem baratos em Esperantinópolis.

Na manhã da quarta-feira, dia 17, na delegacia de Polícia, João do Peixe decidiu contar uma nova história, uma parte, aparentemente, verdadeira, mas com alguns detalhes cabulosos.   

João do Peixe contou que ele e o amigo Chagas foram pescar no açude da Fazenda Paraíso, uma propriedade particular, localizada na MA/012, próxima ao povoado Palmeiral. A fazenda pertence ao empresário Simeão Carneiro. Segundo o relato “sensacional” de João do Peixe, eles invadiram a propriedade particular para pescar peixes para comer, sendo ele um conhecido vendedor de peixe de Esperantinópolis.

Para chegar até o açude particular, sem alarmes, eles adentraram a Fazenda Paraíso por trás da serra, porém, no momento em que se aproximaram do açude foram surpreendidos por um homem, (possivelmente um funcionário da fazenda que fazia a vigília dos açudes) que circulava na área com uma lanterna na mão. O ‘vigilante’ percebeu a movimentação dos dois invasores no local, iluminou com a lanterna em direção dos mesmos; surpreendidos, subtraindo peixes da propriedade particular, os elementos saíram correndo e escuram os disparos de arma de fogo. Segundo o João do Peixe, o ‘vigilante’ conseguiu alvejar Chagas.
Continua...

Ao perceber que o companheiro de furto tinha sido atingido e estava agonizando, caído, João do Peixe o puxou para dentro do mato na tentativa de escondê-lo do ‘vigilante’. Depois de esconder o comparsa Chagas, João do Peixe continuou correndo mato adentro.

Acreditando que os tiros assustaram os ladrões de peixes, o ‘vigilante’ foi embora. Nesse momento, João do Peixe voltou para buscar o comparsa ferido e o carregou pelo mato no escuro. Já cansado e não conseguindo mais carregar o companheiro de pesca sozinho, o vendedor de Peixe João do Peixe buscou ajuda, não de uma ambulância, mas de um amigo, identificado como Adriano para ajudá-lo a levar Chagas para o hospital Santa Marta. Chagas, ferido, sangrando, chegou ao hospital em cima de uma moto.

Ao constatar que o óbito de Chagas foi ocasionado por perfurações no corpo, e não batia com a história de ataque cardíaco, a versão mal contada apresentada por João do Peixe, o médico fez o certo, chamou a polícia imediatamente, ocasião em que João do Peixe foi conduzido à delegacia de Esperantinópolis. Na DP, João do Peixe contou a nova versão, insinuou que precisa furta peixes para alimentar a família, lembrando que o mesmo é vendedor de peixe. A polícia investiga a suspeita que João do Peixe e Chagas estavam furtando peixe para vender no dia seguinte.

De acordo com o relato de João do Peixe, somos forçados a concluir que, provavelmente, a demorar e a forma de socorrer seu comparsa foram decisivos para o óbito. Um homem carregando outro, sozinho pelo mato, subindo e descendo serra, abandonando Chagas para voltar à cidade, buscar ajudar de um amigo para socorrê-lo, sem que ninguém percebesse, foi, deveras, muito tempo. Sem falar que a forma como Chagas foi conduzido por entre os matos, sem uma maca, sem os cuidados adequados de uma equipe médica que estava de plantão no Hospital Santa Marta e, para piorar, Chagas foi transportado em uma moto até o hospital, todos esses detalhes torna impossível alguém ferido à bala, sobreviver. Se João do Peixe tivesse imediatamente procurado a ambulância do município e denunciado o fato a polícia, o socorro ao seu companheiro de pesca noturna seria adequado e o destino dele seria outro. Por que João do Peixe naõ fez isso? O que ele queria esconder que ajudou a selar de formar trágica a vida de Chagas?

Como a injustiça impera neste país, não me surpreenderia que o senhor João do Peixe e a família do Chagas processem o dono da fazenda, (que, diga-se de passagem, não estava no local no momento do incidente), pelos tiros, exigindo uma gorda indenização e o funcionário da Fazenda Paraíso acabe preso por está trabalhando e defendendo honestamente o seu pão de cada dia. 

As informações do relato de João do Peixe foram extraídas no Blog do Carlos Barroso
⬇️⬇️ COMENTE AQUI ⬇️⬇️

3 Comentários

  1. ESSE JOÃO DO PEIXE JÁ TEM UM HISTÓRICO DE ROUBO DE PEIXES DE AÇUDES PARTICULARES , O VIGILANTE DEVERIA TER MATADO OS 2 ! BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO !

    ResponderExcluir
  2. O Blohueiro diz: "... o funcionário da Fazenda Paraíso acabe preso por está trabalhando e defendendo honestamente o seu pão de cada dia."
    Bem, ele estava trabalhando, tudo certo, atirou no ladrão, tudo bem. mas, ele tinha porte de arma de fogo? Esse tal de Simião já é reincidente.

    ResponderExcluir
  3. Resumo de tudo: vai ficar por isso mesmo. Só perde quem morre.

    ResponderExcluir