Irmã de jovem morta em Balsas contesta policiais
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Contadora Kamila Britto, que sobreviveu à operação da
polícia na quinta-feira, diz que não passou por nenhuma barreira policial e que
não teve nem chances de se defender; “o que fizeram foi covardia”
Dor. Este é o sentimento da contadora Kamila Brito Ferreira (29 anos), irmã
da jovem Karina Brito Ferreira, de
23 anos, morta durante uma operação policial na madrugada da ultima
quinta-feira (15) na cidade de Balsas – a 800 quilômetros da capital São Luís.
Em entrevista ao jornalista Thiago Bastos, de O Estado do Maranhão, por telefone no fim da
manhã de ontem (18), a contadora – que segue internada no Hospital Municipal de
Balsas sem previsão de alta – contestou a informação da polícia e disse que não
passou por nenhuma barreira policial, ao contrário do que foi informado pelo
secretário titular de Segurança Pública (SSP), Jefferson Portela.
Ela avaliou a operação policial como “covarde”, disse que
ela e a irmã não tiveram nem chances de se defender e informou que vai tomar
providências pedindo justiça.
Continua...
Quando ocorreu a
abordagem inicial da polícia?
Kamila – Foi quando eu estava voltando de um velório, em
Balsas, juntamente com minha irmã Karina e mais uma amiga nossa. Quando a gente
deixou essa nossa amiga em casa, ainda na porta, um primeiro carro
descaracterizado parou na nossa frente, impedindo nossa passagem. Era um Duster
da Renault sem identificação. Assustada, pensando que era um assalto, dei ré e
segui no sentido contrário.
Depois disto, o que
aconteceu?
Kamila – Saí em alta velocidade quando um segundo carro,
também descaracterizado e sem qualquer identificação da polícia, sem giroflex,
parou na nossa frente. Mesmo cercada por dois carros, consegui fugir em uma
manobra ousada. Quase caí nessa hora em um barranco próximo à via onde estava.
E em que momento os
tiros foram disparados?
Kamila – Quando fui cercada pelo terceiro carro, também
sem identificação. A minha irmã falou do meu lado que eles iriam atirar. E não
deu outra. Somente deu tempo de eu gritar e virar para o lado do passageiro,
onde minha irmã estava, para vê-la falando pela última vez que tinha sido
atingida. Foi um tiro no coração dela. Certeiro.
Quando você percebeu
que não se tratava de uma ação de bandidos, e sim da polícia?
Kamila – Foi quando eu ainda consegui, mesmo ferida no
braço, me livrar dos três carros e segui no caminho do hospital. Foi quando
algum deles teve a “brilhante ideia” finalmente de atirar nos pneus do carro.
Quando eu saí, aí que apareceu um quarto carro da polícia, com giroflex ligado.
Nesta hora foi que eu percebi que se tratava de policiais. Eu me desesperei.
Nesta hora, qual foi
sua reação?
Kamila – Me desesperei totalmente. Comecei a gritar
porque eles tinham feito isso. Ninguém falava nada, dizia nada. Perceberam,
pela minha análise, a besteira que tinham acabado de fazer. Um deles ainda
perguntou de onde eu vinha, porque não parei. Eu retruquei a ele dizendo que
eram duas moças vindo sozinhas em via pública e um carro a cerca, sem ser polícia.
Perguntei a ele: o que você faria, policial? Ele não falou nada, ficou calado.
Você já foi ouvida
pela polícia?
Kamila – Não, ainda estou esperando o contato. Creio que
se eu realmente fosse bandida, estaria na delegacia nesta hora.
Depois de parar finalmente
o veículo, o que ocorreu?
Kamila – Eu vim para o hospital enquanto a minha irmã
praticamente já estava morta do meu lado no carro.
Então você não passou
por qualquer barreira policial?
Kamila – De forma alguma. O senhor acha que, se eu
tivesse sabendo que era polícia, eu iria correr este risco? Agora estou sem a
minha irmã e sem cabeça para nada.
Como você avalia a
ação da polícia?
Kamila – Foi algo covarde e feito por pessoas totalmente
despreparadas. Sei dos meus direitos, tenho parentes e amigos na polícia, mas
ninguém que chegasse a fazer isso.
Você reconheceu algum
dos policiais envolvidos na operação? Você já cometeu algum crime que pudesse
justificar esta ação, ou sua irmã?
Kamila – Não, não reconheci ninguém. E nunca passei perto
de uma delegacia. Minha irmã também nunca cometeu qualquer ato delituoso.
Por fim, quais
medidas você vai tomar?
Kamila – Vou atrás dos meus direitos, a morte da minha
irmã não pode ser em vão. As pessoas precisam rever conceitos e saber o que
fazem no dia-a-dia. Vou tomar as devidas providências e ir atrás de justiça.
Fonte: Blog do Antonio Martins
8 Comentários
Em parte a culpa da irmã dela estar morta é dela mesma, pois mesmo que fosse assaltantes ela teria que parar entregar o carro e não fugir, como ela fez.
ResponderExcluirFalar é fácil....
ExcluirPare de falar asneiras, a polícia deveria se identificar, após isso, se elas apreendessem fuga eles deveriam atirar nos pneus.. Polícia despreparada isso sim.. Agora vão rever os conceitos, tiraram a vida de uma jovem.. Deveriam ser expulsos da corporação e responderem pelo crime..
ExcluirTu sabe de filho da puta de merda ...fosse tu irmã carniça tu não falava asim ..Tu deve se um filho de uma puta msmo ...N sabe que fala fica calado carniça ...
ResponderExcluirPolícial que não se identifica em abordagem pra mim é bandido, e quem defende policial bandido e bandido tambem
ResponderExcluirOlha a polícia jamais pode agir com força maior do que a pessoa que supostamente lhe oferece risco, vc só pode atirar ou agir se a pessoa primeiramente te atacar,por tanto as ocupantes do carro em momento algum ofereceu risco a eles, eles agiram de forma errada e sem preparo algum de polícia,policia que é polícia não erra esses aí deve ser um bando de maluco só por que acha que tem uma arma na mão e uma divisa de militar ou um distintivo de polícia acha que é polícia se duvidar esses aí mal sabe o que é um código de lei.
ResponderExcluirQuando é assaltente de banco eles policias se borram todo, não é atoa que a população não goste de policia
ResponderExcluirA polícia errou foi veio triste com isso
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