Quem é Júnior do Nenzin, preso pelo assassinato do próprio pai
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O homem, fazendeiro e envolvido
na política da região de Barra do Corda, foi preso na ultima sexta-feira (8), pela Polícia, suspeito de ter assassinado o ex-prefeito do município
Manoel Mariano de Sousa Filho, o
Júnior do Nenzin ou simplesmente Vaqueiro da Barra, 47 anos, ensino médio
completo. Preso na da ultima sexta-feira dia (8), é o principal suspeito de
ter matado o próprio pai, ex-prefeito de Barra do Corda, Nenzin. O acusado
quase chegou a ser eleito gestor do município nas últimas eleições (perdeu com
diferença de 1.700 votos para o atual prefeito, Eric Costa), e ganhou, além da
notoriedade que já vem com o sobrenome, a confiança de milhares de moradores
com uma campanha cativante.
A família é tradicional, com
forte influência política e econômica no município e na região. Fazendas com
criação de gado, postos de combustíveis e imóveis são prova. Sempre unida,
segundo relatos de moradores, principalmente em época de pleito eleitoral.
Entre as polêmicas, destaca-se a prisão de seis membros da família (incluindo,
além de Nenzin, a matriarca da família, dois filhos e uma nora) em 2011,
durante a Operação Astiages, da Polícia Federal, que investigava desvio e
apropriação de recursos públicos, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
“Aqui e ali se ouvia algum boato sobre desavenças, intrigas e interesses
mútuos, mas nada que causasse surpresa ou que fosse de muita relevância”,
informou uma barra-cordense que conhece a família de Nenzin há cerca de 20
anos, e não quis ser identificada.
Júnior do Nenzin esteve na missa
de corpo presente do pai na quinta-feira (7). “Estava próximo à família e
bastante emocionado. Todos que ali estavam não acreditavam na hipótese de ter
sido ele o planejador do assassinato”, disse a amiga da família sobre o
comportamento do acusado de envolvimento no crime. Ela conta que nunca soube ou
presenciou condutas negativas em relação a Júnior do Nenzin.
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Antes de ser preso, o filho de
Nenzin chegou a publicar em sua conta no Instagram uma imagem de fundo preto,
de luto, sem legendas. As outras publicações, com mais de um ano de intervalo,
são fruto da campanha eleitoral do ex-candidato a prefeito. Entre elas, uma
demonstração de carinho e respeito ao pai. “Agradeço a Deus pelo meu pai,
símbolo e exemplo de vida, um guerreiro que nunca fugiu da guerra e que sempre
esteve ao meu lado para me apoiar e orientar”, escreveu.
Irmão do deputado estadual Rigo
Teles, Júnior do Nenzin durante a última campanha para prefeito foi “bem aceito
nas pesquisas” e “passou uma imagem positiva, cativante perante seus
eleitores”, informou a moradora de Barra do Corda. O clima no município é de
surpresa. “[Júnior] sempre passou a imagem de um sujeito equilibrado e simples,
nunca foi de ostentação e vivia de trabalhos na fazenda do pai”, concluiu.
O caso
O ex-prefeito de Barra do Corda,
Nenzin, foi morto na manhã da última quarta-feira, dia 6, quando se deslocava
para sua fazenda. O filho, que acompanhava o pai na ocasião, disse num primeiro
momento que ele teria sido abordado no percurso por dois homens em uma moto,
que atiraram e mataram o ex-prefeito.
As contradições, no entanto,
vieram à tona nos depoimentos posteriores de Júnior do Nenzin, que afirmou não
ter sequer ouvido os disparos. Outro ponto controverso é que o filho “ficou
rodando com a vítima dentro do carro”, de acordo com a Polícia, antes de
prestar socorro.
Com a perícia do corpo, foi
constatado, ainda, que o tiro foi disparado a cerca de 15 cm de Nenzin. Júnior
teve mandado de prisão expedido durante a missa de corpo presente do pai, e
fugiu. Foi capturado na manhã desta sexta-feira, 8, e levado à Pedrinhas, onde
permanece até agora.
Além de Júnior do Nenzin, outros
dois homens são suspeitos de envolvimento no crime: Francisco David Correia de
Freitas e Luzivan Rodrigues da Conceição Nunes, conhecido pela alcunha de
Luizão. O primeiro, amigo de Mariano Filho; o segundo, funcionário da fazenda
de Nenzin.
Fonte: O Imparcial
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