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Do início do ano até junho, já ocorreram 222 casos somente na capital, informa a Delegacia Proteção à Criança e ao Adolescente

Homem é preso em flagrante após estuprar criança no MA; Casal é preso suspeito de estuprar criança durante ritual no MA; Pai é preso em São Luís suspeito de estuprar a filha de 12 anos; Pai é preso após estuprar a própria filha dentro de hospital particular em São Luís; Polícia Civil prende dois acusados de estupro de vulnerável; Homem abusa da própria neta. Essas são só algumas das inúmeras manchetes que estamparam os noticiários locais desde o início do ano abordando os abusos e violência contra criança e adolescente. Somente nesta semana foram três casos no estado.

Quantas pessoas ao ler, assistir ou ouvir matérias desse tipo não ficaram com o coração apertado imaginando o que aquela criança passou? Quantas pessoas não ficaram estarrecidas, chocadas, com a violência, a brutalidade, a falta de humanidade para com uma criança ou adolescente? Só do início do ano até o mês de junho, já ocorreram 222 casos de violência contra criança e adolescente, somente na capital, segundo dados da Delegacia Proteção à Criança e ao Adolescente.

Perigo dentro de casa

A maior incidência do abuso sexual ocorre dentro da família ou com conhecidos. Isso representa cerca de 90% dos casos. As maiores vítimas têm entre 7 e 13 anos de idade e os bairros com maior ocorrências de casos são Cidade Operária e Cidade Olímpica, além de bairros da zona rural.

Levantamentos do Disque 100 apontam que a maioria das denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes no Maranhão é de abuso sexual. Os números mostram ainda que o maior registro de notificações ocorre em maio, período de conscientização contra o abuso e a exploração sexual, e nos meses de janeiro, junho, novembro e dezembro, que coincidem com as férias escolares, festas e eventos populares.

Para a delegada Ana Zélia, o que facilita a prática desses crimes são as redes sociais, quando a criança e adolescente tem mais acesso e estão mais vulneráveis a abordagens externas. Mas dá para perceber os sinais de que algo está errado.  “Todo mundo hoje tem acesso a Internet, computador, celular, mas poucos são os pais que conseguem fazer um controle do conteúdo que esses filhos estão acessando. O primordial é o representante dessa criança ou adolescente prestar atenção. Porque 10% das vezes que a criança ou adolescente está sofrendo algum tipo de conduta criminosa ele dá sinais. Ou ele fica mais calado, irritado, o comportamento muda, mesmo ele não conseguindo verbalizar dá para perceber pelo comportamento. Esse é o primeiro passo”, constata a delegada.

Como denunciar

O Disque 100 é um serviço de recebimento, encaminhamento e monitoramento de denúncias de violência contra crianças e adolescentes, especificamente, e contra os direitos humanos, em geral.

Ele funciona diariamente, de 8h às 22h, inclusive nos fins de semana e feriados. As denúncias são anônimas e podem ser feitas por discagem direta e gratuita.

Fonte: O Imparcial
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