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Índio Paulo Paulino “Lobo Mau” Guajajara morreu no local

Uma emboscada ocorrida na sexta-feira (01) na Terra Indígena Araribóia, na região de Bom Jesus das Selvas, entre as aldeias Lagoa Comprida e Jenipapo, no Maranhão, resultou na morte do indígena Paulo Paulino Guajajara, também conhecido como o “Lobo Mau”, e de um madeireiro que também morreu na troca de tiros. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular.

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse por meio de uma rede social que a Polícia Federal irá apurar o assassinato do líder indígena Paulo Paulino Guajajara na terra indígena de Arariboia, no Maranhão. Moro falou em “crime grave à Justiça”.

Além da morte do indígena Paulo Paulino Guajajara e do madeireiro, que ainda não foi identificado, o líder indígena Laércio Souza Silva está gravemente ferido. Laércio Guajajara já foi hospitalizado, ainda de acordo com a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular.

O secretário de estado de direitos humanos e participação popular, Chico Gonçalves, disse que já está em Imperatriz com o secretário de estado de segurança pública, Jefferson Portela, e uma comitiva para tratar do assunto.

Terra Indígena Araribóia, na região de Bom Jesus das Selvas

“Nesse momento estamos reunidos com as tropas locais para avaliar o quadro. Nossa missão aqui é investigar o assassinato do guardião Paulo Guajajara, o ferimento do guardião Laércio Guajajara e a morte de um madeireiro. Desde ontem uma tropa da Polícia Militar junto com lideranças indígenas se deslocaram ao local do conflito. Estamos aguardando o contato deles e vamos ampliar o apoio na região. Ao mesmo tempo o Laércio, que foi ferido, já teve o antedimento médico necessário para se
recuperar. A orientação aqui do governo é apurar a responsabilidade e estabelecer medidas de proteção as lideranças indígenas, sobretudo aos guardiões, que neste momento protegem a floresta, porque há duas questões em jogo aqui: a proteção da vida das lideranças indignas nos seus territórios e a proteção das florestas no território amazônico”, disse.

A situação na Terra Indígena Araribóia já havia sido denunciada pelo grupo indígena que acusava os madeireiros de ameaça. Segundo os indígenas, as ameaças aumentaram após a apreensão de veículos utilizados na extração ilegal de madeira nas terras indígenas.

A Terra Indígena Araribóia é composta por etnias indígenas Ka’apor, Guajajaras e Awá-Guajás. As três tribos fazem parte de um grupo chamado “Guardiões da Floresta” que é formado com o intuito de proteger a natureza. Eles evitam invasões de madeireiros, incêndio e durante uma ronda na terra indígena, eles encontraram acampamentos de madeireiros e veículos usados para transportar a madeira.

Por meio de uma rede social, o governador do Maranhão, Flávio Dino, disse que a “competência para apurar crimes contra direitos indígenas, em face de suas terras, é federal”. Disse ainda que “desde ontem a Polícia do Maranhão está colaborando com investigações sobre crimes na TI Arariboia”.

G1 Maranhão
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