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Dentre os suspeitos que foram encaminhados para Imperatriz, estão três adolescentes, que foram apreendidos, e mais dois homens que foram presos.
Homens envolvidos na morte do indígena

A Polícia Militar identificou cinco suspeitos de participarem do assassinato de mais um índio Guajajara. São três adolescentes, que foram apreendidos, e mais dois homens que foram presos e levados para Imperatriz, a segunda maior cidade do Maranhão, onde estão concentradas as investigações.


Eles são suspeitos do assassinato do índio Erisvan Guajajara, de 15 anos, e de outro jovem, José Roberto do Nascimento, de 23 anos, que não é índio. Os dois foram assassinados com golpes de facão.

O crime foi num bairro da periferia de Amarante do Maranhão, a 20 km da Reserva Indígena Araribóia. A Polícia suspeita que os dois haviam se envolvido com traficantes de drogas.
Adolescentes apreendidos

Emocionada a família do índio pede para que morte não fique impune. Roseane Souza, que é tia do índio assassinado, diz que lamenta a morte prematura do seu sobrinho. "Isso aí doeu dentro do meu coração. Mas Deus tá... Deus tá vendo", desabafou.

Segundo a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, que monitora a situação dos povos indígenas no estado, nos últimos dez anos 36 indígenas foram assassinados no Maranhão. Só do mês de novembro para dezembro deste ano, quatro índios da etnia Guajajara foram executados. Os Guajajaras vivem em terras constantemente ameaçadas pela presença de madeireiros, invasores, e traficantes de drogas, já que muitas vezes as áreas indígenas são usadas para o plantio de maconha.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, determinou que a Força Nacional de Segurança atue, por 90 dias, na Reserva Terra Indígena Cana Brava. A região fica a cerca de 200 km do lugar onde o adolescente Erisvan foi assassinado e onde dois índios foram mortos a tiros no fim de semana passado. A Funai disse que está acompanhando o caso e se colocou à disposição para ajudar no que for possível.

Rafael Silva, que faz parte da Comissão de Direitos Humanos da OAB no Maranhão, cobrou das autoridades uma fiscalização mais rigorosa nas reservas indígenas. "Essa proteção precisa ser uma atuação do estado brasileiro. O estado brasileiro tem uma responsabilidade com a ordem constitucional na proteção dos direitos dos povos indígenas", finalizou.

Fonte: G1 - MA
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